Melhores países para se viver: Venezuela, Coreia do Norte e Cuba
Pesquisa inédita revela três países comunistas/socialistas como as melhores nações para se viver
Melhor Não Ler|Do R7

O estudo “Sou feliz no meu país”, desenvolvido pelo Instituto DataMasNãoFalha (DMNF), chama a atenção não apenas pelo ineditismo, mas por seus números superlativos e por uma curiosa coincidência. O número de entrevistados superou a marca de um milhão de pessoas, e a pesquisa abrangeu todos os países do mundo, com exceção de apenas três. Dos 193 países integrantes da Organização das Nações Unidas (ONU), curiosamente, os três que tiveram as melhores pontuações no ranking foram os que não permitiram a entrada dos pesquisadores: Venezuela, Coreia do Norte e Cuba.
A pesquisa usou como parâmetro o Índice de Reclamação Pública (IRP), que classifica os países pela quantidade e intensidade de reclamações que seus habitantes fazem publicamente a respeito de alguns assuntos, como política, economia, educação e serviços públicos em geral. O Brasil ocupou a posição 96, bem no centro do ranking, e a presidente do DMNF, Luiza Calientes, explica o motivo: “Metade dos respondentes brasileiros reclamou pontualmente de algo sobre o país e, embora a outra metade também tenha reclamado, não pudemos considerar as respostas, pois as pessoas não sabiam dizer sobre o que estavam reclamando”.
O estudo foi realizado de forma espontânea, abordando pessoas aleatoriamente pelas ruas das cidades mais importantes de cada país para saber delas se tinham motivos para reclamar de algo. Dentre os cinco países mais bem colocados estão o Paquistão, com a quarta colocação, e o Afeganistão, com a posição de número cinco. Em ambos os países, um grupo local muito solícito chamado Talibã fez a escolta dos pesquisadores e acompanhou todo o trabalho. Eles até organizaram os entrevistados em filas, o que agilizou bastante o serviço.
Para dar proteção tanto à equipe, quanto à população, a pesquisa foi realizada em uma praça cercada por pequenos edifícios sobre os quais foram estrategicamente posicionados fuzis Sumrak. Praticamente todos os respondentes elogiaram muito seus países, mas como alguns reclamaram que queriam mais controle, as duas nações perderam algumas colocações.
Foi possível avaliar a Venezuela, terceira colocada no ranking, por meio da população que fugiu para o Brasil e países vizinhos. Coincidentemente todos disseram que, por terem parentes que não conseguiram deixar a Venezuela, a grande maioria escolheu a opção “nada a reclamar”. Alguns poucos reclamaram que havia pouca comida, mas como o país diminuiu os índices de obesidade, os números acabaram por se equilibrar.
Apesar de os pesquisadores não terem conseguido aprovação do governo de Cuba para desenvolverem a pesquisa in loco, foi possível entrevistar dois mil cubanos por telefone.
Sobre isso, os pesquisadores notaram um padrão nas respostas, como explica José Inocêncio: “Perguntávamos se a pessoa tinha alguma coisa a reclamar sobre a política de Cuba e a resposta era sempre a mesma: ‘no puedo quejarme de nada’, ou seja, ‘não posso reclamar de nada’. Chegávamos a insistir, dizendo ‘então, você vive muito bem aí?’ e os entrevistados reiteravam: ‘no, es que realmente no puedo quejarme, comprende?’ Isso mostra o quanto os cubanos estão satisfeitos com seu país”.
Cuba só não obteve o primeiro lugar porque um cidadão começou a formular uma série de reclamações e, embora a ligação tenha caído sem que fosse possível restabelecer a chamada, a resposta foi considerada e isso fez o país perder um ponto.
O primeiro lugar foi concedido à Coreia do Norte, por meio de uma estratégia do Instituto que não queria deixar nenhum país de fora. Os pesquisadores saíram às ruas do mundo todo perguntando às pessoas: “Você já ouviu algum norte-coreano reclamando de seu país?” Como nenhum cidadão do planeta respondeu “sim, já encontrei com um norte-coreano e ele reclamou de seu país”, entendemos que este é o melhor lugar para se viver, pois o Índice de Reclamação Pública é zero.
Esta crônica é uma ficção, mas poderia não ser...