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Meu negócio, minhas regras

Consumidora e comerciante vão parar na delegacia por quebra de acordo e delegado resolve caso de forma inusitada

Melhor Não Ler|Do R7


Dona Maria Victorina de Moura Serafina, 95 anos, aposentada e analfabeta, sempre se orgulhou em dizer que, nas contas, ninguém é capaz de passá-la para trás.

Com uma memória privilegiada, dona Serafina, como é conhecida no bairro, nunca precisou de lista de compra para ir ao supermercado e nem que alguém conferisse o pagamento ou o troco. Apesar de não enxergar muito bem, ela conhece de longe as notas de real e o valor de cada moedinha.

Capacidades matemáticas de dona Serafina foram colocadas à prova pelas "modernidades de hoje em dia"
Capacidades matemáticas de dona Serafina foram colocadas à prova pelas "modernidades de hoje em dia"

Mas o que dona Serafina não esperava é que “as modernidades de hoje em dia”, como costuma dizer, a fizessem duvidar de suas capacidades matemáticas. Ocorre que um de seus netinhos fez aniversário e, sem muita vontade de sujar a cozinha com fritura, a vovó coruja resolveu encomendar um cento de coxinhas com a vizinha que acabara de abrir um novo negócio.

Para sua surpresa, ao receber a pequena caixa, dona Serafina logo percebeu que a quantidade entregue não batia com o que pediu. “Minha filha, eu te pedi um cento de coxinha, mas aqui só tem 35”, reivindicou a idosa. Por sua vez, a comerciante respondeu: “Ah! Acho que a senhora não sabia, mas o nosso cento vem com 30 unidades. Eu até dei mais cinco de presente!”

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Como não houve acordo e dona Serafina não podia estragar a festa do netinho, ela foi parar na delegacia, querendo as 65 unidades a que tinha direito. Chegando lá, a comerciante logo declarou: “Seu guarda, meu negócio, minhas regras!” e acrescentou: “Abaixo essa matemática preconceituosa, ditadora e fascista que impõe um único resultado. Se o meu cento vem com 30 unidades ninguém tem nada a ver com isso!”

Sem saber como reagir, o delegado fez uma vaquinha entre os guardas e compraram mais “dois centos de 30” para que a paz fosse restabelecida e o dia de festa não terminasse em tragédia!

Esta crônica é uma ficção, mas poderia não ser...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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