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Não é síndrome de nada, é falta de educação mesmo

Casal descobre que filho não tem síndrome ou transtorno e que precisa apenas de uma dose diária de boa educação

Melhor Não Ler|Do R7

O casal de empresários Maria José, 29 anos, e José Maria, de 34, já estava perdendo as esperanças em relação ao comportamento do filho Willian Harry Andrew Charles. Apesar de ter apenas cinco anos, ele já havia sido expulso de três pré-escolas e duas creches. Além disso, nenhuma babá permanecia no emprego por mais de um mês.

Certos de que o filho era portador de alguma síndrome ou transtorno de comportamento, os pais começaram uma jornada de consultas e exames médicos. Cada profissional consultado dava um diagnóstico e indicava um tipo de tratamento, mas nada fazia com que o menino deixasse de ser agressivo e de ter ataques de raiva, parasse de bater em todas as pessoas que via pela frente ou de quebrar tudo dentro de casa.

Até que, depois de ter gastado milhares de reais, o casal resolveu ir ao médico mais impopular da cidade: um pediatra de 75 anos que, apesar de aposentado, ainda mantinha seu consultório havia quase 50 anos no mesmo lugar. Chegando lá, o doutor os esperava à porta e, sem falar com os pais, agachou-se à altura de Willian Harry Andrew Charles e disse algo ao seu ouvido. O menino arregalou os olhos e já ia abrir o berreiro, mas o médico voltou a lhe falar e ele entrou tranquilamente com os pais na sala de espera. O casal não podia acreditar que o filho brincava normalmente, sem chutar suas canelas e sem fazer os escândalos de sempre.

Depois de uma hora, o pediatra apareceu na sala de espera, entregou-lhes um receituário, retornou ao consultório e fechou a porta. Sem entenderem, os pais saíram revoltados: “Velho gagá, só nos fez perder tempo! Bem que ninguém gosta dele!”. Porém, ao verem que o menino se manteve quietinho no banco de trás do carro, resolveram ler a receita:

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Diagnóstico: não é síndrome de nada, é falta de educação mesmo.

Tratamento para os pais: seu filho é apenas uma criança que não sabe o que fazer. Ele não nasceu para ensinar nada a vocês, não foi enviado do céu para mudar suas vidas nem se trata de um ser iluminado. É uma criança. Deem educação a ele, ensinem-o a respeitar os outros, estabeleçam limites, parem de cobrar perfeição a ele e de projetar nele aquilo que não foram e todas as suas frustrações. Seu filho não é um príncipe, ele é só um menino.

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P.S.: eu disse ao ouvido dele que vocês farão tudo isso daqui em diante.

Esta crônica é uma ficção, mas poderia não ser...

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