Assim que o WhatsApp, o Instagram e o Facebook saíram do ar na última segunda-feira (4), uma explosão de ligações aconteceu no CVV (Centro de Valorização da Vida), que oferece apoio emocional gratuitamente. Após o meio-dia, quando começou a ser detectada uma demanda atípica, a entidade teve de recorrer a um plano emergencial maior do que o empregado no início da pandemia. Foi preciso escalar todos os voluntários e abrir mais postos de atendimento.
Segundo os atendentes, as frases mais ditas nas centrais telefônicas foram: “Nada mais faz sentido” e “Se é assim, pra quê viver?” Logo atrás, vêm as afirmações: “Nunca imaginei ter de me sujeitar a uma ligação telefônica” e “Se o serviço não voltar logo, eu não respondo por mim!”
Em nota oficial, lideranças do Mercosul afirmam que será preciso estabelecer medidas para evitar uma catástrofe, caso a interrupção desses serviços ocorra novamente: “Será necessário implementar atendimento psicológico por meio de ferramentas off-line e treinar a população para utilizá-las, do contrário, poderemos ter alta nos índices de depressão.”
A nota declara que será criada uma campanha de conscientização de que nem tudo na vida é instantâneo e que o sinal sonoro que ouvem depois que digitam um número de telefone não é a contagem regressiva para uma explosão, mas sim, apenas um aviso de que o aparelho receptor da chamada está tocando.
Esta crônica é uma ficção, mas poderia não ser...