Relacionamentos nunca foram fáceis e isso todo mundo sabe. Porém, ao que tudo indica, as coisas se tornaram ainda mais complexas depois de algumas mudanças que, na verdade, não mudam nada. Explico: No passado, as opções de estado civil eram estas: solteiro, casado, separado, divorciado e viúvo. Mas depois das mudanças que nada mudam, a coisa complicou. Explico um pouco mais:
Antigamente, a pessoa já nascia solteira. Ao se casar, a solteirice era trocada pelo status de casado. Se cada um quisesse ir para um lado, se tornavam separados. Se levassem a coisa aos tribunais, se tornavam divorciados. Por fim, se uma das partes batesse as botas, o outro ficava viúvo. Tudo muito simples e bem definido. Mas, e agora?
Hoje em dia as pessoas não namoram, elas ficam. Não se casam, moram junto. Ou, às vezes, moram juntos, porém separados: um dá entrada na casa do outro na sexta à noite, mas faz “check out” na segunda de manhã. Eles não namoram, não são noivos, não são casados, mas também não são solteiros.
Daí é que vem a grande questão: quando essas pessoas resolvem se separar, como encarar a transição de solteiro para solteiro? Como a pessoa vai explicar que ela mudou de status se não houve mudança alguma? Como ela vai dar baixa no cartório se nem entrada ela deu? Pior: como ela vai sofrer se tudo mudou ao mesmo tempo que tudo continua na mesma?
Sem sombra de dúvida, vivemos tempos difíceis. Haja terapia!