Histórico! Novos Baianos celebram 50 anos de ‘Acabou Chorare’ com primeira turnê internacional e são ovacionados
O grupo baiano leva seu clássico absoluto aos palcos dos EUA e México pela primeira vez, em uma turnê que une celebração histórica, impacto cultural e sucesso de público e crítica
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Mais de 50 anos após revolucionarem a música brasileira com sua mistura única de samba, rock, frevo e psicodelia, os Novos Baianos finalmente levaram sua batucada para o Tio Sam conhecer. Em julho de 2025, o icônico grupo baiano realizou sua primeira turnê fora do Brasil, passando por oito cidades da América do Norte.
Foram sete shows nos Estados Unidos e um encerramento no México, marcando um feito inédito em sua carreira longeva. A excursão começou em Chicago (21 de julho) e seguiu por Nova York (24/07), Miami (26/07) e Los Angeles (30/07). Já em agosto, o grupo se apresentou em Berkeley (01/08), Seattle (03/08) e Portland (05/08), culminando em um show especial na Cidade do México em 7 de agosto.
A idealização e direção dessa turnê histórica ficaram a cargo de Zabelê, filha de Baby do Brasil e Pepeu Gomes. Radicada nos EUA, a cantora e empresária capitaneou o projeto através de sua produtora Za Company em uma colaboração com a Jazz Is Dead.
Zabelê esteve envolvida em cada detalhe – da logística de levar 22 pessoas do Brasil para a estrada norte-americana, até participações especiais nos palcos.
“Fico muito feliz de ser essa pessoa que conseguiu realizar esse ‘milagre’ (risos) de trazer os Novos Baianos nesta turnê, que será de uma emoção total”, declarou ela antes da viagem.
Com sua visão, a turnê resgatou clássicos do repertório como Brasil Pandeiro, Preta Pretinha e Mistério do Planeta, recriando momentos emblemáticos da contracultura dos anos 70 agora em solo estrangeiro.
Repercussão e Impacto Cultural
A recepção do público foi calorosa e nostálgica em todas as cidades – um reflexo do enorme impacto cultural e afetivo que os Novos Baianos carregam. Em Nova York, por exemplo, o lendário Webster Hall ficou lotado de fãs brasileiros e gringos curiosos.
“Que noite linda nós tivemos ontem... com a casa lotada! Foi uma emoção...”, celebrou Baby do Brasil após o show em Manhattan.
Em Los Angeles, a apresentação no teatro Mayan esgotou todos os ingressos, com direito a placa de “sold out” e vibração da plateia multicultural. Essas noites memoráveis confirmaram que a magia dos Novos Baianos – aquela mistura de samba, psicodelia e espírito coletivo – transcende idiomas e gerações.
Criticamente, a turnê foi vista como celebração da cultura brasileira em sua forma mais livre e criativa. Nos palcos norte-americanos, Baby do Brasil (aos 70 anos), Pepeu Gomes (73 anos) e Paulinho Boca de Cantor (com 79 anos) mostraram vigor artístico, representando uma memória viva da MPB.
Os remanescentes honraram não apenas sua própria trajetória, mas também os companheiros falecidos, Moraes Moreira (1947-2020) e Luiz Galvão (1937-2022), cuja presença foi sentida nas letras e melodias entoadas noite após noite.
Cada acorde de Acabou Chorare ou verso de A Menina Dança arrancou aplausos saudosos – muitos espectadores reviveram a trilha sonora de sua juventude, enquanto outros descobriram pela primeira vez a irreverência e poesia deste grupo seminal.
Em suma, culturalmente o giro internacional dos Novos Baianos funcionou como embaixada musical: uma afirmação, fora do Brasil, da importância duradoura de sua obra para a história da música popular.
Negócios da Nostalgia: Bilheteria e Legado Financeiro
Para além do valor artístico, a turnê também revelou um lado mercadológico expressivo. A combinação de saudosismo e ineditismo atraiu a comunidade brasileira expatriada e admiradores de world music, garantindo casa cheia em praticamente todos os shows.
Com venues de porte entre 1.000 e 2.000 lugares, lotados e ingressos variando entre US$ 40 e US$ 80, estima-se que a bilheteria bruta total tenha alcançado algumas centenas de milhares de dólares – o que, convertido para reais, equivale a alguns milhões em faturamento.
Para o grupo, cuja marca permanece forte cinco décadas depois, converter legado em receita mostrou-se plenamente possível nesta estreia internacional.
Cada apresentação exigiu uma estrutura de grande porte, envolvendo viagens, equipe e produção técnica, mas o resultado final foi não apenas uma vitória artística, como também um fôlego financeiro capaz de reforçar e perpetuar o legado dos Novos Baianos.
Em um cenário em que catálogos clássicos ganham novo valor no mercado global, a banda demonstra que a nostalgia, quando bem conduzida, é também um excelente negócio cultural.
O Futuro do Grupo: Novos Caminhos após a Turnê
Com o sucesso dessa primeira incursão internacional, os Novos Baianos sinalizam que não pretendem parar por aqui. Quais os próximos destinos? Nos bastidores comenta-se a possibilidade de levar a turnê para outros países que apreciam a música brasileira – Europa e América Latina despontam como candidatos naturais, dado o interesse por MPB nesses mercados.
Zabelê e sua equipe já demonstraram capacidade logística e visão estratégica, o que abre caminho para novos capítulos dessa celebração itinerante do Tropicalismo baiano. A trajetória recente dos Novos Baianos, marcada por apresentações comemorativas do clássico Acabou Chorare nos últimos anos, pavimentou o terreno para esta estreia internacional.
O sucesso nos palcos norte-americanos e mexicanos reforça que sua música segue cativando diferentes gerações, dentro e fora do Brasil.
Individualmente, os membros também seguem ativos: Baby do Brasil equilibra carreira solo e espiritualidade, Pepeu Gomes mantém-se como referência na guitarra brasileira, e Paulinho Boca de Cantor continua como guardião da memória dos Novos Baianos.
Já Zabelê, representante da nova geração, segue revelando novos artistas por meio de sua curadoria ‘Za Music’ e desenvolvendo seus próprios álbuns autorais, além de projetos que revisitam o repertório dos pais em roupagens contemporâneas — uma prova de que o legado do grupo segue inspirando novos frutos.
Em tom de conclusão, a turnê dos Novos Baianos pelos EUA e México conseguiu unir impacto cultural e resultado comercial de forma exemplar. Foi um tributo à liberdade criativa dos anos 70, apresentado a novas plateias em pleno 2025, e, ao mesmo tempo, um case de mercado sobre como a música brasileira pode ganhar o mundo sem perder a essência.
Como um bom crítico musical observaria, os Novos Baianos mostraram que continuam “imensos – e necessários”. E agora, com novas aventuras globais, eles reafirmam o que diz um de seus versos imortais: “Jogando meu corpo no mundo / Andando por todos os cantos”.
Cada palco conquistado é uma vitória da arte brasileira – e um convite para que a gente celebre, de coração aberto, esse encontro entre passado e presente.
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