Demissões das bailarinas do Faustão viram caso de segurança nacional
As moças brigam por vagas no balé do programa, que lhes garante fama e muitos seguidores nas redes sociais
Odair Braz Jr|Do R7

Não sei se você está acompanhando o caso das demissões das bailarinas do balé do Faustão. Se não está, deveria. É um dos eventos mais emblemáticos do ano na TV brasileira, sem dúvida nenhuma.
A história básica é que cinco das dançarinas foram demitidas, assim de uma hora para outra. Sem maiores explicações, as moças foram tiradas do Domingão e a Globo disse apenas é uma troca normal que acontece de tempos em tempos.
A mídia acompanhou de perto o “escândalo” todo, com declarações das moças, divulgação das novas contratadas, o que as demitidas pretendem fazer daqui para frente etc e tal. Enfim, virou uma novela.
Agora a pergunta: é para tanto? Pior é que é, viu. Olha só, estamos falando aqui do balé do Faustão. Um grupo de mulheres que fica ali dançando e fazendo coreografias que, muitas vezes, ultrapassam o limite da vergonha alheia. Mas tudo bem, estão fazendo seu trabalho. Tudo certo e a gente até pensa que um caso assim não deveria chamar tanta atenção. Mas tem um porém aí.
É que as bailarinas têm um bando de seguidores nas redes sociais, gente que acompanha todos os passos e, com isso, conseguem causar um certo barulho na internet. Se para a maior parte do público elas são belas anônimas, para quem está na rede a coisa é diferente. Com seus milhares de seguidores, as moças conseguem atingir um nível de influência que não existia no passado recente. Poucas eram as bailarinas que ficavam conhecidas. Elas entravam e saiam do programa sem serem notadas. Sabrina Sato foi uma delas, mas precisou ir para o BBB para ficar famosa.
Atualmente a coisa mudou muito. As dançarinas são bem mais conhecidas, namoram gente famosa e acabam conquistando o sucesso rapidamente. É só dar uma olhada na Aline Riscado, que deixou o balé e hoje vive por aí fazendo comerciais de TV, já participou do Pânico na TV e é mesmo uma celebridade. Dessas modernas que a gente tem hoje, mas é. Tem gente que só assiste ao Faustão para ver as garotas em ação. Sabem seus nomes, o que fazem, quem namoram, de onde vieram e para onde vão.
Dá para dizer que as bailarinas são as novas chacretes ou as boletes, versões atuais das moças que dançavam nos programas do Chacrinha e Bolinha nos anos 70/80. Anônimas durante muito tempo, as “meninas do Faustão” hoje têm um estatus e muitos seguidores. Há muita competição para entrar ali, tudo por conta da exposição que recebem. Assim, elas vão se tornando as versões modernas de Rita Cadillac, Fernanda Terremoto etc e outras daçarinas que fizeram um bom nível de sucesso e que conseguiram ficar por aí durante décadas.
Então, um balé num programa pode não ser apenas um balé num programa. Depende muito de quem está vendo.