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Fãs do RBD não se incomodam com playback, porque a música do grupo é o que menos importa

Grupo mexicano continua sua série de shows no Brasil, desta vez com várias apresentações no estádio do Palmeiras

Odair Braz Jr|Do R7 e Odair Braz Jr


Fãs querem participar do 'evento RBD'; música fica em segundo plano
Fãs querem participar do 'evento RBD'; música fica em segundo plano

Dias atrás fãs do grupo RBD ficaram furiosos com este colunista, que afirmou que os astros mexicanos usam playback durante seus shows em algumas músicas. Ficaram bravos, fizeram ameaças, bullying digital e coisas do tipo. Mas, no fundo, nem precisavam se importar tanto com o comentário.

Não há motivo para essa briga, mesmo porque os milhares de fãs do RBD nem ao menos ligam para a música dos mexicanos. Eles não estão lá para ouvir o som do grupo, as composições, os arranjos ou algo assim. Aliás, no caso desses artistas, o que menos importa é exatamente a música. Os cinco integrantes poderiam estar lá sobre o palco recitando versos ou refazendo diálogos e cenas da novelinha que seus admiradores e seguidores lotariam o estádio do mesmo jeito.

Quem vai a um show de um grupo como o RBD não quer exatamente ouvir a música. Quer é ver aqueles cinco bonecões que viam na TV há vários anos. Os fãs querem, na verdade, estar no mesmo ambiente que seus ídolos, nem que seja por muitos metros de distância. Como já ouvi por aí, eles precisam “respirar o mesmo ar que o pessoal do RBD”. E é isso.

Um fã do RBD não se desloca até o estádio para “ouvir aquela música”. Não são as mesmas regras que as de um show de uma banda de rock, por exemplo. Tanto é que muitos admiradores que vieram xingar este colunista disseram: “Eles fazem playback mesmo, e daí? O que é que você tem a ver com isso?” ou “Estou acompanhando eles desde o início da turnê e já sabia que eles usam playback. Qual o problema?”. Viu só? A música fica em segundo plano.

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Isso é o que os fãs do RBD querem ver
Isso é o que os fãs do RBD querem ver

Quando falamos de um artista, digamos, “normal” e não de algo superproduzido e feito sob medida para ter sucesso, há uma certa exigência para que o cantor ou a cantora em questão toque ou cante, de fato, ao vivo. É quase inconcebível sequer imaginar que um grande artista use playback. Já há uns anos muita gente percebeu que o Kiss usa som previamente gravado em algumas de suas músicas em shows. Houve uma gritaria, fãs xingaram muito o grupo, o empresário veio dar uma explicação e por aí foi. Usar playback num show ao vivo, que você pagou uma boa grana para ver, simplesmente não é admissível em apresentações de artistas que realmente importam. Seria um escândalo se, por exemplo, Alanis Morissette, que se apresentou nesta semana em São Paulo, usasse som pré-gravado.

Mas o mesmo não pode ser dito de quem curte o RBD. Quem gosta do grupo mexicano está lá pelo evento, pelo acontecimento. Talvez as pessoas nem percebam que há uma banda com guitarra, baixo, bateria, teclado lá no fundo do palco. Não percebem porque não importa mesmo que estejam lá. Eventualmente, poderiam não estar. Os arranjos das canções poderiam todos ser gravados previamente que ninguém acharia ruim. Porque o que vale mesmo é ver os cinco pulando e dançando em cima do palco. O som que vão emitir pode variar, pode ser gravado, pode ser ao vivo, tanto faz.

Não é pela música que o estádio está cheio. É pela festa. E tudo bem! Quem liga se é playback, né?!

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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