Frejat faz show eletro-acústico em São Paulo e enfileira hits da carreira solo e do Barão Vermelho
Músico tocou com seu trio e mostrou ao público versões acúsiticas e semi-acústicas de seus grandes sucessos
Odair Braz Jr|Do R7
Só três pessoas no palco, poucos instrumentos, iluminação sóbria e tom intimista: foi assim o show que Roberto Frejat apresentou em São Paulo, no Teatro Bradesco, na noite desta quarta-feira (9) e que fez todo mundo cantar junto vários sucessos da trajetória de 40 anos do músico.
Esta série de shows que o ex-Barão Vermelho está fazendo com o Frejat Trio Eletroacústico mostra os hits solo e de sua ex-banda numa roupagem totalmente diferente. O cantor sobe ao palco com seu filho Rafael Frejat e com Maurício Almeida e usam apenas violões, um teclado e uma guitarra com os quais mandam ver em clássicos do naipe de Flores do Mal, Meus Bons Amigos, O Poeta Está Vivo, entre tantas outras.
Às 21h20 os três músicos entraram em cena num teatro quase todo tomado pelos fãs e a primeira canção da noite foi Sobre Nós Dois e o Resto do Mundo, do segundo disco solo de Frejat. Na sequência o trio já emendou Amor Pra Recomeçar e Amor Meu Grande Amor e este pontapé inicial estabeleceu como seria a apresentação, bem sóbria (mas energética), com os violões cantando soltos o tempo todo.
Para a quarta canção, Frejat fala com o público pela primeira vez e diz que vai cantar uma música que é uma homenagem “mas não é para o Cazuza, porque eu sou uma homenagem permanente ao Cazuza”. E toca Fadas, de Luiz Melodia.
A apresentação segue com músicas bem conhecidas como Bumerangue Blues (de Renato Russo), Poema, O Poeta Está Vivo, Malandragem. O show fica bem emocionante quando Frejat canta canções que ficaram famosas através de Cazuza, como Codinome Beija-Flor e Ideologia (esta última tem o ex-Barão como compositor).
O que chama muito a atenção é que todas as músicas são muito bem tocadas pelos três instrumentistas. Frejat, todo mundo sabe, é um ótimo guitarrista e se dá muito bem no violão. Seu filho, Rafael, é também um ótimo destaque nos violões de 12 e de 6 cordas, além de tocar teclado em alguns momentos. E Maurício é ótimo no violão, no baixo (usado em algumas músicas) e na guitarra. Neste último instrumento — também em algumas faixas —, ele cria climas que abrilhantam e muito as músicas. Enfim, é um trio afiadíssimo que dá totalmente conta do recado com muita habilidade e simplicidade ao mesmo tempo. Podemos chamar de power trio tranquilamente.
Já perto do final da apresentação, Frejat deixa o violão de lado e pega a guitarra pela primeira vez para fazer todo mundo cantar o megahit Beth Balanço, do Barão Vermelho. Segue com Por que Que a Gente É Assim e finaliza com Puro Êxtase. O bis veio com Maior Abandonado, Exagerado e Pro Dia Nascer Feliz, todas com a guitarra de Frejat e, a esta altura, com todo mundo fora das cadeiras dançando em frente ao palco.
Foi um show bem caprichado, simples e totalmente eficiente, onde Frejat mostrou porque continua sendo um dos grandes roqueiros do Brasil. Faz muita falta no Barão, mas aí é cada um com seus problemas, né?
As músicas tocadas pelo Frejat Trio em São Paulo:
Sobre Nós Dois e o Resto do Mundo
Amor pra Recomeçar
Amor meu Grande Amor
Fadas
Flores do Mal
Meus Bons Amigos
Túnel do Tempo
Segredos
Bumerangue Blues
Bilhetinho Azul
Poema
Pergunta Urgente
Codinome Beija-Flor
Todo Amor que Houver Nessa Vida
Homem Não Chora
O Poeta Está Vivo
Por Você
Ideologia
Malandragem
Eu Preciso te Tirar do Sério
Cartas e Versos
A Chave da Porta da Frente
Beth Balanço
Por que Que a Gente é Assim?
Puro Êxtase
BIS
Maior Abandonado
Exagerado
Pro Dia Nascer Feliz
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