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Mia Goth, protagonista de 'Pearl', é nova estrela de Hollywood e tem origem brasileira

Filme é o segundo de uma trilogia de terror que vem chamando a atenção dos fãs do gênero

Odair Braz Jr|Do R7


Mia Goth e sua Pearl fazem um estrago em filme que se passa no começo do século passado
Mia Goth e sua Pearl fazem um estrago em filme que se passa no começo do século passado

Um slash movie — filme de assassino sanguinário — chega às telas do Brasil neste fim de semana, mas não é igual a tantos outros que a gente conhece. Pearl tem muitas peculiaridades, e a maior delas é sua protagonista, Mia Goth.

Aos 29 anos, Mia é uma atriz em total ascensão em Hollywood e vem sendo tratada dessa maneira desde o lançamento de Pearl nos Estados Unidos, o que aconteceu em setembro de 2022. O longa de terror dirigido por Ti West tem Goth como produtora-executiva e corroteirista e recebeu muitos elogios da crítica. É uma produção com orçamento modesto, mas que tem na boa direção e na atuação de sua protagonista seus grandes trunfos.

Mia é britânica, mas tem mãe brasileira — e pai canadense — e já até morou no Brasil durante alguns anos quando pequena. É neta da atriz Maria Gladys, que já fez várias novelas, séries e filmes desde os anos 1960. Goth seguiu os passos da avó, e todo mundo pode ver do que ela é capaz em Pearl. Sua atuação como a jovem que dá nome ao longa é mesmo acima da média, e não é à toa que chamou muito a atenção de todo mundo quando estreou nos EUA. Ela consegue mostrar todas as nuances e as mudanças que aos poucos vão fazendo de sua personagem uma assassina desalmada.

TRABALHO DUPLO

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Pearl é o segundo filme de uma trilogia que começou com  A Marca da Morte, que estreou em março de 2022 em pouquíssimos cinemas americanos. O terceiro longa será MaXXXine, ainda sem data de lançamento prevista.

Pearl demostrando um pouco de sua loucura
Pearl demostrando um pouco de sua loucura

No primeiro filme, Mia Goth faz dois papéis: o de Maxine — uma bela e jovem atriz que sonha em ficar famosa — e o de Pearl, em sua versão octogenária. A história mostra um grupo de pessoas que se reúnem para fazer um filme independente em 1979 e acaba indo parar numa fazenda, no Texas, onde Pearl e seu marido vivem há décadas. Os cineastas querem usar a propriedade como locação. Puxada pela senhora e seu parceiro, rola uma mortandade sem fim no lugar, já que X também é um slash movie. A questão é que esse longa foi visto por pouca gente, mas Goth brilha bastante ao interpretar duas personagens tão diferentes.

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Nesse segundo longa da trilogia, acompanhamos a jovem Pearl (Goth), que vive com seus pais na mesma fazenda de X. A mocinha — já casada com Howard, que está lutando na Primeira Guerra Mundial — tem o desejo de se tornar uma grande estrela do cinema, exatamente como a Maxine do primeiro filme.

Acontece que a realidade de Pearl a deixa muito longe de concretizar seu sonho. Sua mãe é extremamente controladora, seu pai vegeta em uma cadeira de rodas e ela própria tem suas várias atribuições na fazenda. Quando pode, interpreta personagens do cinema para os animais que tem no estábulo. A vida que leva causa efeitos colaterais em sua personalidade, e isso vai, aos poucos, ficando cada vez mais evidente.

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Mia Goth consegue mostrar ao espectador a transformação doentia de Pearl. Seu comportamento errático se manifesta subitamente, quase que do mais absoluto nada. Com o olhar e a expressão corporal, a atriz deixa claro que a jovem fazendeira passa por uma grande ebulição interna, que acaba descambando para o crime.

Mia como Maxine em 'X — A Marca da Morte'
Mia como Maxine em 'X — A Marca da Morte'

O restante do lado bom do filme fica por conta da direção de Ti West, que, com recursos limitados e poucos atores no elenco, consegue entregar uma história redondinha e que mantém o espectador focado em Pearl e sua saga. E, com isso, o público ganha um filme de assassino (assassina, no caso) bem diferente e muito, muito interessante.

Agora é esperar por MaXXXine, que encerrará a trilogia e mostrará mais um pouco de Mia Goth em ação. Já sabe que tem que prestar atenção nela, certo?

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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