Olimpíadas do Faustão voltaram no domingo, mas seriam proibidas hoje

O programa do Faustão começou nesse domingo exibindo as Olimpíadas, que eram provas divertidas que faziam parte da atração 30 anos atrás. Foi uma homenagem, uma vez o programa está celebrando três décadas de vida.

Em geral, as Olimpíadas, traziam pessoas comuns que entravam em ação para ganhar uns prêmios. Mas, para isso, tinham de passar por diversos obstáculos, levar bolada na cara, saltar sobre rolos etc e tal. Era diversão pura e o mais legal, claro, sempre foi ver o povo se estabacar.

Uma das provas das Olimpíadas que faziam mais sucesso, sem dúvida, era a Ponte do Rio Que Cai. Esse nome já era um trocadilho infame e brincava com o filme A Ponte do Rio Kwai, de 1957. Essa brincadeira também foi mostrada neste domingo. O participante segurava uma bola e tinha de caminhar de um ponto ao outro de uma ponte suspensa por cordas sobre uma piscina. De um dos lados, ficava uma pessoa com um canhão que disparava bolas. A graça era acertar o desavisado sobre a ponte e fazê-lo cair na água.

Revendo a prova nesse domingo, deu para notar como as bolas atingiam o rosto (em geral a mira era na cabeça do participante) com muita força. Olha, vendo direito, isso devia machucar um bocado. Possivelmente, algumas pessoas devem ter saído de lá com o olho roxo, quem sabe um nariz quebrado.

Mas não importava: quem via a cena, em casa, não se cansava de rir. Tanto é que as Olimpíadas do Faustão foram exibidas durante vários anos. Quando saiu do ar, muita gente reclamou. Mas o fato é que já havia enjoado um pouco.

E uma coisa é certa: as olimpíadas não sobreviveriam muito tempo se voltassem para valer em 2019. Muita gente ficava indignada com as brincadeiras politicamente incorretas do Pânico, há apenas alguns poucos anos atrás. E olha que nem eram tão ameaçadoras quanto as do Faustão. Geralmente eram mulheres seminuas deslizando por uma lona molhada e caindo numa piscina. Imagine, na atualidade, uma pessoa que tomasse uma bolada no rosto e saísse roxa. Ou que tivesse o nariz torto. Imediatamente iria para as redes sociais e viraria uma verdadeira celeuma. E não sem razão, veja bem.

As olimpíadas tinham também um outro quadro em que pessoas atravessam portas que poderiam ou não ser de isopor. Ela escolhia uma e mandava ver. Se acertasse, continuava. Mas, para atrapalhar um pouco, tinha umas pessoas vestidas de monstro, sendo que uma era anã. Via de regra, o anão era atropelado ou arrastado pelo participante. Imaginou o que daria isso hoje? Pois então.

Enfim, foi divertido rever as Olimpíadas do Fautão, mas elas devem continuar lá onde estão agora: no departamento de arquivos da Globo.