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Ritchie faz megashow em SP e provoca catarse coletiva com clássicos dos anos 80

Cantor se apresentou na noite deste domingo (13) na capital paulista para celebrar 40 anos de carreira

Odair Braz Jr|Do R7

Ritchie, sua banda e os telões no palco na noite deste domingo (13), em São Paulo
Ritchie, sua banda e os telões no palco na noite deste domingo (13), em São Paulo Ritchie, sua banda e os telões no palco na noite deste domingo (13), em São Paulo

Em 1983, quando Menina Veneno foi lançada, o então desconhecido — pelo menos do grande público — Ritchie alcançou sucesso nacional com a música tocando simultaneamente em várias rádios FM por meses a fio. Era impossível não ouvir a canção que falava do “abajur cor de carne” e daquela garota misteriosa.

Nas décadas seguintes, depois de lançar ainda outros hits, Ritchie foi dando uma sumida do olhar e dos ouvidos das pessoas, teve uma diminuição de seu alcance, assim como aconteceu com dezenas (centenas?) de outros artistas de sua geração.

Corta para 2023, com o cantor inglês lançando uma turnê comemorativa de seus 40 anos de carreira — e 50 anos de Brasil — que chegou a São Paulo na noite deste domingo (13) depois de uma estreia bem-sucedida no Rio de Janeiro no último dia 11.

Ritchie comandou uma superprodução que encheu os olhos e ouvidos de quem foi, numa noite fria, ao Espaço Unimed, no bairro da Barra Funda, zona oeste da capital. Com casa cheia, o cantor se apresentou num palco bem caprichado, com telões de alta definição de diferentes tamanhos. Aliás, estes telões, na abertura do show, mostraram um Ritchie em forma de holograma inicialmente e, na sequência, o hitmaker entrou para ser aclamado pelos fãs que lotavam a casa. Foi um reencontro mesmo entre o músico e seus admiradores. E o cantor estava feliz

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Ritchie comandando as ações no palco
Ritchie comandando as ações no palco Ritchie comandando as ações no palco

No Olhar foi a primeira música do concerto, também lançada em 1983 no disco de estreia do cantor, Voo de Coração. Não é das mais conhecidas, mas funciona bem como um cartão de visitas, mostrando o pop rock que é característica central na obra de Ritchie. A primeira forte reação do público apareceu já na segunda canção, A Vida Tem Dessas Coisas, um dos clássicos do repertório do inglês, também de seu primeiro álbum.

Com uma boa banda por trás e ótimos vídeos passando nos telões, Ritchie foi ficando cada vez mais confortável no palco, mostrando toda a segurança adquirida em quatro décadas de carreira e surgiram Lágrimas Demais e mais um megahit, A Mulher Invisível. Nesta última surgiram imagens de várias mulheres importantes da história do Brasil e do mundo, finalizando com uma bela foto de Rita Lee. Então, foi a vez do primeiro cover da noite, Ando Meio Desligado, do Mutantes, banda que tinha Rita entre seus integrantes.

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Quando terminou a música, Ritchie disse “onde estaríamos sem a Rita?”. E seguiu dizendo que foi a cantora brasileira uma das responsáveis — ao lado do músico e produtor Liminha — por sua vinda para o Brasil. “Nos conhecemos em 72. Subimos no topo de uma montanha no País de Gales, eu, Rita e a Lucy, que me apresentou a Rita. O Liminha me chamou para vir pro Brasil e eu vim. A ideia era ficar três meses”, contou.

Em Shy Moon (de Caetano Veloso), o cantor faz até umas mágicas no palco, com o uso de luzes, o que fica muito legal.

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Ritchie usou sua apresentação para dar uma pincelada de toda a sua carreira. Então, entraram também músicas do Tigres de Bengala, banda que formou nos anos 90 com Vinícius Cantuária, Cláudio Zoli, Dadi Carvalho, Mú Carvalho, Marcelo Costa e Milton Guedes. Houve ainda mais um cover, uma bela interpretação de Mercy Street, de Peter Gabriel.

Mas, óbvio, o que fez todo mundo ficar sorrindo de orelha a orelha foram os clássicos de Ritchie que vieram na parte final da apresentação: Só Pra o Vento, Casanova (com um lindo vídeo e o cantor com uma máscara), Pelo Interfone, o megassucesso Transas e a interplanetária Menina Veneno, que não deixou pedra sobre pedra na casa de shows e virou uma catarse coletiva.

Cantor inglês também tocou músicas dos Mutantes, de Caetano Veloso e de Peter Gabriel
Cantor inglês também tocou músicas dos Mutantes, de Caetano Veloso e de Peter Gabriel Cantor inglês também tocou músicas dos Mutantes, de Caetano Veloso e de Peter Gabriel

Após a execução de seu megahit, Ritchie voltou para um bis meio devagar, com Elefante Branco (outra do Tigres de Bengala), a cover de You’ve Lost that Lovin’ Feeling e a última, Um Homem em Volta do Mundo, do próprio cantor. O “meio devagar” ali de cima acontece porque foi um encerramento de apresentação num tom abaixo da catarse causada pela sequência final de hits que veio antes do bis.

Paciência, nem tudo é perfeito e isso acabou sendo apenas um pequeno detalhe, um “pelo em ovo” num show histórico para Ritchie, que se reencontra com seu público nesta turnê muito bem-vinda.

As músicas do show de Ritchie:

No Olhar

A Vida Tem Dessas Coisas

Lágrimas Demais

A Mulher Invisível

Ando Meio Desligado (Os Mutantes)

Loucura e Mágica

Shy Moon (Caetano Veloso)

Voo de Coração

Preço do Prazer

Agora ou Jamais

Mercy Street (Peter Gabriel)

Só Pra o Vento

Casanova

Pelo Interfone

Transas

Menina Veneno

BIS

Elefante Branco

You've Lost that Lovin’ Feeling (The Righteous Brothers)

Um Homem em Volta do Mundo

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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