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Rutger Hauer morreu em 2019, igual a seu personagem em Blade Runner

Ator ganhou muito destaque em sua carreira ao viver o androide que enfrenta Harrison Ford neste clássico da ficção científica

Odair Braz Jr|Do R7

Rutger Hauer em cena de Blade Runner
Rutger Hauer em cena de Blade Runner Rutger Hauer em cena de Blade Runner

Essa é uma daquelas coincidências estranhas que acontecem de vez em quando e é o momento em que a gente diz o clichezão “a vida imita a arte”. Rutger Hauer morreu no último dia 19, mas a informação só foi revelada nesta quarta (24). Ele tinha 75 anos e a família não divulgou a causa.

Agora o mais surpreendente de tudo isso é que Hauer se foi no mesmíssimo ano em que seu personagem também deixou a vida em Blade Runner: O Caçador de Androides. O filme é um clássico absoluto da ficção científica e redefiniu o gênero quando foi lançado, em 1982, apesar de não ter sido um sucesso de bilheteria.

No longa protagonizado por Harrison Ford, Rutger interpreta Roy Batty, um replicante rebelde que quer ter mais tempo de vida. Replicantes são androides construídos para trabalhar nas colônias que a humanidade tem em outros planetas, vão lá para fazer todo o serviço sujo e pesado. Estas máquinas têm aparência de pessoas comuns, sentimentos, se apaixonam, amam, odeiam e têm vontade própria. Acontece que há um período de vida muito limitado para elas e quando chega o momento certo, elas simplesmente apagam. Desligam, como um computador ou um celular que deixa de funcionar.

Hauer no momento em que seu personagem morre em Blade Runner
Hauer no momento em que seu personagem morre em Blade Runner Hauer no momento em que seu personagem morre em Blade Runner

Batty é uma dessas máquinas que, após ter vivido em outros planetas, voltou à Terra e, junto com outros replicantes, se rebelam e vão atrás de seu criador para exigir mais tempo de vida. Com métodos violentos, os androides espalham terror pela caótica Los Angeles. Assim, Rick Deckard (Ford) entra em ação e passa a caçar os rebeldes.

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Tudo isso acontece no ano de 2019 e mostra um futuro distópico, com telas gigantes em prédios, naves voando pela cidade, tecnologia espalhada pelas ruas e um clima absolutamente hostil. Era assim que o autor do romance que inspirou o filme, Philip K. Dick, imaginava o ano em que vivemos hoje e que o diretor Ridley Scott soube tão bem traduzir para a tela do cinema.

Roy Batty, após lutar duramente contra Deckard e deixá-lo à beira da morte, termina seu período de vida com uma das frases mais marcantes da história que é “Eu vi coisas que vocês não imaginariam. Naves de ataque em chamas nas bordas de Órion. Vi raios C brilharem na escuridão próximos ao portal de Tannhauser. Todos esses momentos ser perderão no tempo, como lágrimas na chuva. Hora de morrer”.

Tudo isso aconteceu no ano de 2019, que em 1982, estava distante 37 anos do que vivemos hoje. E Rutger Hauer se foi justamente neste mesmo 2019. Incrível.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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