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Derrota no tribunal e picape problemática: Elon Musk teve uma semana terrível

Juíza federal barrou pacote compensatório bilionário que Musk receberia da Tesla; empresa também enfrenta problemas em fábrica

Tela Azul|Filipe SiqueiraOpens in new window

Bilionário enfrenta problemas judiciais e em sua empresa de veículos elétricos Reprodução/X/@elonmusk

Além de homem mais rico do mundo e dono de uma rede social influente, Elon Musk também terá uma posição importante na segunda presidência de Donald Trump, onde será responsável pelo Doge — um departamento responsável pela eficiência governamental e por diminuir a burocracia da máquina estatal norte-americana. Mas nem isso o impediu de ter uma semana terrível.

Primeiro, na segunda-feira (2) uma juíza federal rejeitou novamente um pacote de bonificação de mais de US$ 50 bilhões (R$ 304 bilhões, no câmbio atual) que a Tesla pagaria a ele pelo crescimento explosivo da empresa nos últimos anos.

Segundo o plano, o valor de mercado da Tesla tinha que aumentar mais de 10 vezes para que o valor completo da compensação fosse pago — ou seja: atingir o valor de US$ 650 bilhões. Atualmente, a empresa está no chamado “clube do trilhão”, e vale cerca de US$ 1,19 trilhão.

Segundo o investidor Richard Tornetta, que moveu a ação na justiça, o conselho da Tesla estava sob influência direta de Musk quando o pacote de compensação foi aprovado, em 2018. Em resposta, o bilionário afirmou que nem chegou a participar das reuniões do conselho diretor da empresa, e que não ditou os termos do acordo colossal.


Não foi assim que entendeu Kathaleen McCormick, juíza do Tribunal de Chancelaria de Delaware. Na decisão, McCormick afirmou que a defesa de Musk não apresentou “nenhuma base processual para anular” a decisão anterior, que cancelou o pacote salarial do CEO. Segundo ela, Musk tem um status de estrela, e essa influência cria “‘campo de distorção' que interfere na supervisão do conselho”.

O tribunal pediu para a Tesla elaborar um novo pacote de compensações, o que ainda não foi cumprido. A Tesla afirmou na rede social X que vai recorrer novamente da decisão.


Carro questionável

Mas os problemas não param por aí. Na semana passada, a Tesla emitiu um comunicado interno em que avisou aos trabalhadores envolvidos na produção da picape Cybertruck que não precisavam ir trabalhar por três dias — entre 3 e 5 de dezembro.


De acordo com o site Business Insider, o problema envolve um atraso no fornecimento de baterias para o veículo, cuja linha de produção na fábrica do Texas tem sido inconsistente desde outubro. Alguns funcionários entrevistados dizem estar procurando outros empregos, pela diminuição de pagamento de horas extras, comum em várias épocas do ano em montadoras.

O problema não é exatamente novo. Em dezembro passado, a Reuters relatou em detalhes como o problema é a bateria 4680, que usa uma tecnologia nova de revestimento a seco de eletrodos.

“O desafio é que a Tesla não só precisa escalar e acelerar o processo, como também necessita desenvolver seus próprios equipamentos e ferramentas. É assustador, para dizer o mínimo”, afirmou Yuan Gao, consultor de tecnologia de baterias, em entrevista à Reuters.

Desde lançada comercialmente, a Cybertruck já passou por seis recalls voluntários — em um deles, o pedal do acelerador pode ficar preso no revestimento do carro.

Cybertruck Pedal Fix - That Tesla Quality
byu/fossilnews inRealTesla

Mesmo com todos esses problemas, segundo índices, a Cybertruck é a picape elétrica mais vendida dos Estados Unidos.

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