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Testemunha da História

Burburinho no estúdio e uma invasão na cena

A curiosidade para conhecer os estúdios da TV Record deixou diretores e produtores desesperados.

Testemunha da História|por Gilson Silveira

Câmeras no estúdio da avenida Miruna
Câmeras no estúdio da avenida Miruna

Com artistas famosos já em suas primeiras semanas de exibição no Canal 7 e com boa repercussão nos jornais e revistas, o público desejava chegar mais próximo das estrelas da TV Record ou até conhecer as modernas instalações na avenida Miruna. Personalidades, empresários, políticos, intelectuais, artistas e as mulheres dos homens mais importantes de São Paulo visitavam os estúdios e as salas de produção para conferir de perto o novo meio de comunicação.

Certo dia, ainda na primeira quinzena de operações da TV Record, dona Maria Luiza do Amaral, esposa de Paulo Machado de Carvalho, levou algumas amigas para observar como se fazia televisão. Elas andaram por todo o prédio e entraram no estúdio que transmitia ao vivo um teleteatro: a peça Garota 53, com John Herbert e Hélio Souto. Tudo corria como planejado. Os atores, experientes e talentosos, estavam ótimos em cena. O cenário era um grande salão com uma varanda, que tinha como imagem de fundo uma vista encantadora da capital paulista. No meio da apresentação, Nilton Travesso começou a escutar um burburinho, cada vez mais alto.

De repente%2C bem devagarzinho%2C dona Maria Luiza e suas duas amigas passaram pelo cenário olhando tudo aquilo como se estivessem caminhando pela praça da República%2C sem perceber que estávamos contando uma história ao vivo.

(recorda-se Nilton Travesso no livro Biografia da Televisão Brasileira, de Flávio Ricco e José Armando Vannucci, ed. Matrix, 2017)

No próximo post:Maysa e Nelson Gonçalves aprontam nos bastidores.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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