Conheça animais que herdaram fortunas de seus donos milionários
Atriz Diane Keaton pode ter deixado milhões para seu cachorro, mas prática não é tão incomum assim
RPet|Do R7
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A morte da atriz Diane Keaton, vencedora do Oscar por “Annie Hall” e ícone de Hollywood, reacendeu uma curiosa discussão sobre heranças deixadas para animais de estimação. Aos 79 anos, a artista teria deixado US$ 5 milhões para seu golden retriever, Reggie, em seu testamento. Embora o valor não tenha sido confirmado oficialmente, a história rapidamente chamou atenção mundial e trouxe à tona outros casos de bichos que se tornaram milionários após a morte de seus tutores.
Nos Estados Unidos, a prática de incluir pets em testamentos é legal, mas limitada. Em estados como a Califórnia, onde Keaton vivia, os animais não podem ser herdeiros diretos, sendo necessário criar um fundo fiduciário administrado por um responsável humano. No caso de Reggie, o dinheiro seria gerido para garantir cuidados, alimentação e conforto ao cão, seguindo o modelo de diversos outros “legados caninos” registrados nas últimas décadas.
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Antes de Reggie, o cão mais famoso do mundo a herdar uma fortuna foi Gunther III, um pastor alemão que recebeu US$ 65 milhões de sua dona, a condessa alemã Karlotta Liebenstein, em 1992. O valor foi investido por administradores, e seu sucessor, Gunther IV, viu a quantia se multiplicar para cerca de US$ 375 milhões. O cão “herdeiro” chegou a ser notícia por adquirir propriedades de celebridades, incluindo uma mansão que pertencera a Madonna.
Outro exemplo célebre foi o da bilionária americana Leona Helmsley, apelidada de “Rainha da Maldade”, que deixou US$ 12 milhões à sua cadela Trouble, da raça maltês, em 2007. O caso foi parar na Justiça, e o valor acabou reduzido para US$ 2 milhões após decisão judicial. Mesmo assim, o montante foi suficiente para garantir uma vida de luxo ao animal, que viveu em Sarasota, na Flórida, com segurança privada e alimentação premium.
Na Inglaterra, duas collies chamadas Tina e Kate herdaram cinco acres de terra e o equivalente a meio milhão de dólares após a morte de sua dona, Nora Hardwell, em 2002. O testamento determinava que o jardineiro da propriedade continuasse a cuidar das cadelas no local, que permaneceu intacto após o falecimento da tutora.
Casos envolvendo gatos também são frequentes. Em 1988, o britânico Ben Rea, comerciante de antiguidades, deixou US$ 12,5 milhões para seu gato preto, Blackie, tornando-o o felino mais rico do mundo segundo o Guinness World Records. Nenhum centavo foi destinado à família do dono, e parte da fortuna foi repassada a instituições que cuidavam de gatos.
Outro felino milionário foi Tommaso, herdeiro de US$ 13 milhões da italiana Maria Assunta, viúva de um magnata do setor imobiliário. Ao morrer em 2011, Assunta deixou toda a fortuna para o gato, que passou a viver discretamente com a enfermeira da dona em um endereço secreto nos arredores de Roma.
Entre as celebridades, Majel Barrett-Roddenberry, viúva do criador de “Star Trek”, também destinou parte de sua herança aos animais. Quando morreu em 2008, ela deixou cerca de US$ 3,3 milhões para seus cães e gatos, além de garantir que sua governanta continuasse morando na mansão da família para cuidar dos bichos.
Há também histórias curiosas envolvendo brigas judiciais. Em 1998, um empresário de Los Angeles que fez fortuna vendendo torneiras de luxo deixou quase todo seu patrimônio de US$ 6 milhões para sua cocker spaniel, Samantha. A namorada, que receberia apenas um pequeno valor anual para cuidar da cadela, contestou o testamento alegando ter sido “tratada pior do que um cachorro”. O caso foi resolvido em acordo extrajudicial.
Embora pareçam excentricidades, os testamentos que deixar animais de estimação milionários seguem uma lógica de afeto e precaução. Muitos donos abastados, sem herdeiros diretos, preferem garantir o bem-estar dos seu bichinhos, deixando os valores sob administração humana. Em alguns casos, essas fortunas são revertidas parcialmente a instituições de proteção animal.
No caso de Diane Keaton, além de seu amor por Reggie, a atriz dedicou décadas à defesa dos direitos dos bichos. Membro do conselho do Helen Woodward Animal Center por mais de 20 anos, ela participou de campanhas de adoção, ajudou a aprovar leis contra a posse de animais selvagens e chegou a resgatar pessoalmente um cachorro ferido à beira de uma estrada. “É impossível contar quantas vidas Diane salvou”, declarou o presidente da entidade, Mike Arms, após sua morte.
