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Estudo indica que gatos miam mais alto para homens do que para mulheres

Pesquisa turca sugere que tutores masculinos percebem menos sinais sutis dos animais

RPet|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Estudo da Universidade de Ancara mostra que gatos miam mais alto para homens.
  • A pesquisa analisou 31 gatos e suas interações com cuidadores ao chegarem em casa.
  • O aumento da intensidade vocal é uma estratégia dos gatos para serem mais percebidos pelos tutores masculinos.
  • Mulheres percebem sinais sutis dos felinos, enquanto homens necessitam de comunicação mais explícita.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Gatos miam mais alto para tutores masculinos katerinavulcova/Pixabay

Um estudo conduzido pela Universidade de Ancara, na Turquia, revelou uma particularidade curiosa no comportamento felino: gatos tendem a miar mais alto quando estão interagindo com homens.

A pesquisa, publicada na revista Ethology, analisou como 31 gatos recebiam seus cuidadores ao voltarem para casa e concluiu que a intensidade vocal dos felinos aumenta significativamente quando o tutor é do sexo masculino.


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A investigação, liderada pela pesquisadora Yasemin Salgırlı Demirbaş, concentrou-se no momento da chegada dos cuidadores. Para isso, cada participante utilizou uma pequena câmera presa ao peito, que registrou os primeiros minutos após o retorno do trabalho ou da escola. Todos conviviam com seus gatos havia pelo menos seis meses, e os animais tinham mais de oito meses de idade.


Os cientistas também monitoraram comportamentos ligados à alimentação, como correr até os potes ou iniciar uma refeição. Esses gestos não tiveram relação com as saudações observadas, reforçando que os felinos vocalizavam para demonstrar interesse social, e não simplesmente fome ou expectativa de comida.


Demirbaş sublinha que o ato de receber o cuidador é uma forma importante de comunicação entre animais sociais. O gesto ajuda a transmitir intenção, reduzir tensões e fortalecer vínculos, desempenhando papel essencial na convivência entre humanos e gatos.


Ao analisar padrões como bocejos, espreguiçamentos e mudanças de postura, os pesquisadores identificaram um único elemento discrepante entre as interações: o volume do miado dirigido a homens. A intensidade era maior, embora o restante do comportamento permanecesse igual, independentemente do perfil do tutor.

Mesmo controlando fatores como raça, sexo do gato e quantidade de outros animais na casa, o estudo constatou que o sexo do cuidador era a variável mais determinante. A hipótese apresentada pela equipe é que mulheres tendem a ser mais atentas a sinais corporais e vocais sutis, respondendo mais rápido aos felinos, o que dispensaria miados mais contundentes.

O artigo destaca que homens, em média, só percebem a mensagem felina quando ela é transmitida de forma mais explícita. Assim, os gatos aprenderiam a adaptar sua comunicação, aumentando a frequência e a intensidade do miado para garantir que suas necessidades sejam notadas.

Os autores lembram, porém, que o estudo possui limitações: todos os participantes eram turcos, o que pode refletir características culturais específicas. Além disso, não foi possível controlar exatamente quanto tempo cada tutor esteve fora antes da gravação. Ainda assim, a pesquisa reforça a ideia de que gatos moldam seu comportamento de acordo com o humano com quem convivem, demonstrando grande capacidade de adaptação na forma de se comunicar.

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