Mulheres do Zimbábue costuram absorventes para manter meninas na escola
Grupo comunitário é composto por voluntárias que auxiliam no combate a pobreza menstrual e evasão escolar
Virtz|Do R7 com Reuters
Um grupo comunitário organizado por mulheres na zona rural do Zimbábue, na África, costura absorventes para que meninas não faltem à escola quando estão menstruadas. O projeto Chiedza Community Welfare Trust, foi criado por Gladys Mukaratirwa, ao perceber a ausência das alunas em sala de aula que não podiam pagar pelos produtos de higiene.
O grupo organizado por voluntárias realiza a confecção dos absorventes e depois a venda para as instituições de caridade em todo o país. Os absorventes são distribuídos gratuitamente para as estudantes e mulheres vulneráveis.
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Menstruação sem tabu
Em São Paulo, o PL 1177/2019 (Projeto de Lei) institui a Política Pública “Menstruação Sem Tabu” de coautoria da deputada Edna Macedo (Republicanos), tem uma proposta semelhante: garantir a distribuição gratuita de absorventes higiênicos para estudantes de baixa renda da rede pública de ensino, detentas e mulheres em situação de rua e em abrigos.
A Política “Menstruação Sem Tabu” consiste no desenvolvimento de programas, ações e articulação entre órgãos públicos, sociedade civil e a iniciativa privada, que visem ao desenvolvimento do pensamento livre de preconceito em torno da menstruação.
O PL incentiva palestras e cursos em todas as escolas a partir do ensino fundamental 2, que abordem a menstruação como um processo natural do corpo feminino, até mesmo para evitar e combater a evasão escolar em decorrência dessa questão.
Além as palestras, o PL prevê a elaboração e distribuição de cartilhas e folhetos explicativos que abordem o tema “Menstruação Sem Tabu”, voltado a todos os públicos, sexos e idades, objetivando desmistificar a questão e combater o preconceito.