Besouro solta ‘pum mortífero’ para exterminar suas presas
Vídeo com o besouro-bombardeiro em ação viralizou nas redes sociais
Bichos|Do R7

O besouro-bombardeiro é um inseto com uma arma secreta capaz de matar suas vítimas. Esse inseto desenvolveu um mecanismo de defesa singular: a capacidade de disparar um jato de ácido por sua extremidade traseira. Traduzindo para um português nada científico, esse besouro solta um “pum” que elimina sua presa e o torna imune a várias ameaças naturais.
A cena do besouro soltando seu “pum da morte” é tão inusitada que viralizou nas redes sociais. Tem vídeo no X (antigo Twitter) com mais de 30 milhões de visualizações. Em outras plataformas de redes sociais também é possível encontrar diversos vídeos do inseto, até mesmo com especialistas explicando como ele solta seu jato mortal.
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Esses besouros são pequenos e vivem no solo, geralmente encontrados em pilhas de folhas ou sob pedras, especialmente em florestas e áreas de pasto. O besouro-bombardeiro pode ser encontrado em todo o mundo, inclusive no Brasil, com exceção da Antártida.
O mecanismo de defesa do besouro-bombardeiro - que na verdade é o nome dado a várias espécies de besouros da família dos carabídeos - foi estudado por pesquisadores do MIT, que revelaram detalhes impressionantes. Quando ameaçado, o besouro mistura dois compostos químicos em seu abdômen, provocando uma reação que aquece rapidamente o líquido até o ponto de ebulição, formando um jato de ácido chamado benzoquinona, altamente irritante.
A reação ocorre em uma câmara protetora na parte traseira do inseto, onde os compostos químicos se encontram no momento necessário. O calor gerado não só aquece o líquido, como também cria pressão suficiente para projetá-lo em alta velocidade contra a presa. Esse processo garante uma defesa eficaz e quase instantânea, deixando pouco tempo para reação do predador.
A equipe de cientistas utilizou técnicas avançadas, como imagens de raios-X de alta velocidade, para visualizar o funcionamento interno do besouro durante o disparo do jato químico. Isso permitiu uma análise detalhada da estrutura e do processo de ejeção, contribuindo significativamente para o entendimento biológico do fenômeno.
Apesar da eficácia do mecanismo, algumas espécies de predadores desenvolveram adaptações para neutralizar ou evitar esse tipo de defesa, demonstrando como a evolução se desenrola em ciclos de adaptação e contra-adaptação entre predador e presa. Mesmo assim, a maioria dos animais, tanto vertebrados quanto invertebrados, permanece vulnerável ao ataque químico do besouro.