Filhote de três patas escapa da eutanásia e vira cão policial de elite na China
Treinador dos cães percebeu que, mesmo caindo e se machucando com frequência, filhote demonstrava força na mordida
Bichos|Do R7
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Um filhote que nasceu com três patas e chegou a ser indicado para eutanásia virou cão policial de uma unidade especializada de combate ao crime na China. Barton, um pastor belga malinois, superou limitações físicas e hoje atua como cão de controle de distúrbios após ser certificado pela polícia do condado de Xichuan, na província de Henan.
Nascido em junho de 2019 no canil da Unidade de Forças Especiais vinculada ao Departamento de Segurança Pública local, Barton veio de uma linhagem de cães policiais de alto desempenho. A anomalia congênita na pata dianteira esquerda fez com que veterinários recomendassem seu sacrifício. Ele chegou a ser entregue a uma família da região, mas foi devolvido por causa do temperamento forte associado à raça.
De volta à base, Barton passava longos períodos observando os cães da unidade durante o treino. O comportamento chamou a atenção de Li Xiaodong, treinador há 24 anos e responsável por cães policiais na corporação. Li decidiu iniciar o treinamento do filhote e percebeu que, mesmo caindo e se machucando com frequência, Barton demonstrava força de mordida acima da média, coragem no confronto com suspeitos e alta tolerância ao estresse.
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O treinador destacou que o cão também se sobressaía na busca por objetos perigosos e identificava alvos com rapidez. Em julho de 2021, aos dois anos, Barton foi aprovado no exame de certificação e entrou oficialmente para o time de cães policiais da unidade.

Para reduzir o impacto na locomoção do animal, Li desenvolveu um arnês especial e passou a carregá-lo nas costas em parte das missões. Mesmo assim, Barton permanecia em alerta e mantinha o desempenho exigido de um cão policial. “Somos camaradas”, afirmou Li em entrevista à emissora estatal CCTV. “Também compartilhamos um laço de dificuldades comuns e simpatia mútua.”
Li sofreu uma lesão na perna direita em 2016, passou por duas cirurgias e a depender de cadeira de rodas ou muletas. Ele contou que se sentia incapaz de seguir na função de policial até conviver com Barton. “Depois de passar um tempo com Barton, percebi que ele nunca viu suas três patas como uma desvantagem. Em vez disso, ele encarava o treinamento e o trabalho com um entusiasmo enorme. Fiquei profundamente inspirado: se um cachorro consegue trabalhar tanto, por que eu deveria desistir?”
O treinador voltou a se exercitar ao lado do cão e recuperou força na perna lesionada. “Ninguém acreditava que Barton conseguiria passar no exame, mas ele conseguiu. Barton não é apenas um cão deficiente comum; ele é um camarada que conquistou sua medalha por pura habilidade”, disse.
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