Charles Hermann leva a sustentabilidade brasileira para o palco da moda em Milão

A moda brasileira acaba de cravar seu nome em um dos palcos mais importantes do mundo. A Victoria Alta Costura, sob a batuta do diretor criativo Charles Hermann, fez sua estreia internacional em grande estilo no último sábado (10), em Milão, apresentando uma coleção que une propósito, sustentabilidade e um olhar apurado para o luxo consciente.

O ponto de partida para esta nova fase da maison é uma técnica que carrega memória e significado: o patchwork. Em uma celebração do reaproveitamento, a marca dá um novo destino a materiais que seriam descartados, transformando-os em peças de alta-costura. “O patchwork nos permite dar nova vida aos tecidos que usamos ao longo do ano, transformando o que antes seria descartado em algo valioso”, explica Charles Hermann. “Desta forma, criamos vestidos que, além de um design único, refletem nosso compromisso com a preservação ambiental”, reforça o estilista sobre o DNA da coleção de lançamento.

A sofisticação da proposta se traduz em uma paleta de cores que navega entre azul, verde e vermelho, com espaço para tons rosados, preto, branco e toques sutis de roxo e amarelo manteiga. A leveza é a tônica, com tecidos que garantem conforto e versatilidade, resultando em vestidos perfeitos tanto para festas glamorosas quanto para uma mala de viagem prática e elegante.

O tafetá, tecido que tem dominado as passarelas internacionais, surge como o grande protagonista. A escolha, segundo Hermann, foi uma feliz coincidência que valida a visão da marca. “Observamos esse tecido em destaque nos desfiles de Dior, Chanel e Balenciaga. Essa convergência é extremamente gratificante, pois demonstra o alinhamento natural do nosso trabalho com as referências que admiramos”, comenta.

Apesar da estreia oficial em Milão, a Victoria Alta Costura já construiu uma sólida trajetória internacional. Com uma clientela fiel em destinos como Dubai, África do Sul, Suíça, França e Estados Unidos, a marca é figura carimbada em tapetes vermelhos de peso, como os do Festival de Veneza, Festival de Cannes e o baile da amfAR. No Brasil, a grife segue vestindo personalidades importantes da cena artística e social, consolidando-se como uma referência do luxo contemporâneo nacional.