Logo R7.com
RecordPlus
R7 Viva a Vida

O que o chocolate amargo tem que pode ajudar a retardar o envelhecimento

Pesquisa identificou que a teobromina, um composto químico encontrado no cacau, aparece ligada a marcadores sanguíneos

Viva a Vida|Do R7

  • Google News

LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Estudo revela que a teobromina, encontrada no chocolate amargo, pode retardar o envelhecimento biológico.
  • A pesquisa analisou amostras de sangue de participantes para identificar a relação entre teobromina e idade biológica.
  • Cientistas ressaltam que mais estudos são necessários para entender completamente a associação e possíveis benefícios.
  • Consumo de chocolate amargo não deve ser considerado automaticamente benéfico devido à presença de açúcar e gordura.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Substância química encontrada no chocolate amargo pode retardar o processo de envelhecimento biológico Vie Studio/Pexels

Uma substância presente no chocolate amargo pode estar associada a um envelhecimento biológico mais lento, segundo um estudo do King’s College London publicado na última quarta-feira (17) na revista Aging.

A pesquisa identificou que a teobromina, um composto químico encontrado no cacau, aparece ligada a marcadores sanguíneos que indicam uma idade biológica inferior à idade cronológica. A idade biológica mede o estado de saúde e funcionamento do organismo, e não apenas o número de anos vividos.


O estudo comparou os níveis de teobromina no sangue com indicadores de envelhecimento baseados em padrões de metilação do DNA, pequenas marcas químicas que mudam ao longo da vida e ajudam a estimar o ritmo de envelhecimento do corpo. Também foi analisado o comprimento dos telômeros, estruturas que protegem os cromossomos e tendem a encurtar com o avanço da idade.

LEIA MAIS

A análise envolveu duas coortes europeias. Uma delas reuniu 509 participantes do estudo TwinsUK. A outra incluiu 1.160 indivíduos do projeto KORA. Em ambos os grupos, pessoas com maiores níveis circulantes de teobromina apresentaram uma idade biológica menor do que a idade cronológica.


A professora Jordana Bell, autora principal do artigo e professora de Epigenômica no King’s College London, afirmou que os resultados apontam uma relação entre um componente do chocolate amargo e a manutenção de uma aparência mais jovem por mais tempo. Segundo ela, o estudo não recomenda o aumento do consumo de chocolate, mas ajuda a compreender como alimentos comuns podem conter pistas relevantes para uma vida mais longa e saudável.

Os pesquisadores também avaliaram outros metabólitos do cacau e do café para verificar se apresentavam associação semelhante. O efeito, no entanto, pareceu específico da teobromina.


Um dos testes usados no estudo estimou a velocidade do envelhecimento a partir de alterações químicas no DNA. O outro analisou o comprimento dos telômeros, já que telômeros mais curtos estão associados ao envelhecimento e a doenças relacionadas à idade.

De acordo com os cientistas, compostos vegetais presentes na dieta podem interferir no envelhecimento ao influenciar a ativação ou desativação dos genes. Alguns desses compostos, conhecidos como alcaloides, interagem com mecanismos celulares ligados à atividade genética e podem contribuir para a saúde e a longevidade.


A teobromina é um alcaloide conhecido por ser tóxico para cães e já foi associada a benefícios à saúde humana, como menor risco de doenças cardíacas. Seus possíveis efeitos sobre o envelhecimento, porém, ainda haviam sido pouco investigados.

O pesquisador Ramy Saad, do King’s College London e do University College London, classificou o achado como empolgante e destacou que os próximos passos envolvem entender o que está por trás dessa associação e como explorar melhor a relação entre metabólitos da dieta e o epigenoma humano.

A equipe de pesquisa também avalia se o efeito observado é exclusivo da teobromina ou se há interação com outros compostos do chocolate amargo, como os polifenóis, conhecidos por seus benefícios à saúde.

Para o pesquisador Ricardo Costeira, pós-doutorando do King’s College London, o estudo aponta mais um mecanismo molecular pelo qual compostos naturais do cacau podem contribuir para a saúde. Ele ressalta que análises populacionais são fundamentais para avanços na compreensão do envelhecimento e da genética.

Apesar dos resultados, os pesquisadores alertam que o consumo de chocolate amargo não deve ser interpretado como automaticamente benéfico. O alimento também contém açúcar, gordura e outros compostos, e mais estudos são necessários para esclarecer a relação entre a teobromina e o envelhecimento biológico.

Para saber tudo do mundo dos famosos, siga o canal de entretenimento do R7, o portal de notícias da RECORD, no WhatsApp

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.