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Patricia Lages

Perdão causa impacto positivo na saúde física e mental

Ato de perdoar vai além dos sentimentos, trata-se de uma decisão consciente com poder transformador

Patricia Lages|Patricia LagesOpens in new window

Saber perdoar pode fazer bem ao coração, diz pesquisa
Perdoar faz bem à saúde física e mental Reprodução

Segundo a ciência, o perdão pode trazer inúmeros benefícios para a saúde física e mental, além de promover a cocriação de uma realidade mais próspera em todos os aspectos. Em contrapartida, estudos dão conta de que a falta dele desequilibra tanto o corpo quanto a mente.

Relembrar constantemente de situações emocionalmente desgastantes e alimentar traumas do passado podem aumentar os níveis de tristeza, raiva e estresse, impactando negativamente na saúde como um todo. Nesse contexto, perdoar não se resume a sentimentos, ou seja, guardar rancor enquanto a vontade de perdoar não vem, mas sim, em tomar uma decisão consciente de que conceder o perdão pode transformar a vida de quem perdoa.

O ato de perdoar não significa esquecer o que aconteceu, mas, sim, abandonar os maus sentimentos e evitar os pensamentos que nutrem as emoções negativas. De acordo com pesquisas da Universidade Johns Hopkins, o perdão ajuda a reduzir o risco de ataque cardíaco, a diminuir os níveis de colesterol, a melhorar a qualidade do sono e a regular os níveis de depressão, ansiedade e estresse.

Para Elainne Ourives, psicanalista, neurocientista e especialista em emoções humanas, perdoar é, acima de tudo, uma escolha para liberar ressentimentos e mágoas, permitindo que a pessoa siga em frente, livrando-se de amarras emocionais. Ela destaca outro benefício pouco explorado sobre o perdão: a prosperidade. “O processo [de perdoar] impacta diretamente o bem-estar físico, mental e até mesmo financeiro. Ficar preso à falta de perdão é, na verdade, uma barreira que impede o indivíduo de alcançar uma vida mais abundante e próspera”, declara.


A neurocientista relata também que os malefícios de guardar mágoas e rancores ocorrem porque emoções negativas, como raiva e tristeza, vibram em baixas frequências, conforme a Escala da Consciência de Hawkins, causando desequilíbrio emocional.

Por outro lado, o perdão vibra em altas frequências, trazendo sensações de aceitação, gratidão e amor. “Não perdoar é como carregar uma âncora emocional que mantém a pessoa presa ao passado, bloqueando a chegada de novas oportunidades e experiências positivas. Quando a pessoa decide perdoar, ela eleva sua vibração energética, abrindo portas para uma série de benefícios, como paz interior, melhora nas relações interpessoais e até mesmo prosperidade financeira”, afirma a especialista.


Os impactos do perdão na saúde do corpo

O ato de perdoar também beneficiam o corpo, reduzindo a tensão muscular, fortalecendo o sistema imunológico e causando sensação de leveza e disposição. Para Ourives, o perdão também está profundamente conectado à cocriação da realidade que, segundo e neurociência, é a capacidade de influenciar ativamente a realidade ao reprogramar o cérebro para interpretar de forma positiva as experiências vividas.

Nesse sentido, quem perdoa quebra padrões mentais que mantêm sua vida estagnada e abre a mente para oportunidades que, se estivesse presa ao passado, provavelmente não perceberia. Ou seja, quem se nega a perdoar por achar que é injusto conceder perdão a quem não merece, acaba prejudicando a própria vida. É como tomar uma dose de veneno todos os dias acreditando que o outro passará mal.


Muitas vezes, a pessoa magoada se apega a rancores acreditando que perdoar seria permitir que os outros as machuquem novamente quando, na verdade, acontece exatamente o contrário, pois, ao insistir em manter vivo o passado, a pessoa prejudica o presente e revive maus sentimentos que influenciarão negativamente seu futuro.

É preciso quebrar esse ciclo para viver de forma mais leve e saudável. Para isso, não há melhor época do que a virada do calendário, com o início de um novo ano, com novas atitudes para ter, de fato, uma vida nova.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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