Pet cafés: da Ásia para o mundo
Pet cafés são um fenômeno que une gastronomia e amor pelos animais
Em um mundo cada vez mais urbano e acelerado, onde a solidão e o estresse fazem parte do cotidiano, surgiu uma ideia aparentemente simples, mas revolucionária: e se pudéssemos combinar o prazer de uma boa xícara de café com a companhia terapêutica de animais adoráveis? Assim nasceram os pet cafés, um conceito que conquistou o mundo e vem ganhando cada vez mais espaço no Brasil.
Eu acabo de chegar da China e lá os pet cafés estão super na moda. Confesso que não fui porque, apesar de amar gatos, tenho rinite crônica e muitos pet cafés cobram entrada além do custo dos produtos. Não é lugar pet friendly. E juro que vou fazer um post logo sobre isso porque muita gente está pedindo.
Poucos sabem, mas o primeiro pet café do mundo surgiu em Taiwan, em 1998. Mas foi em solo japonês que o conceito realmente decolou, começando com o primeiro “neko cafe” (café de gatos) em Tóquio, em 2004. O motivo é que a ideia une fatores culturais e sociais para os japoneses.
Em muitas cidades japonesas, os apartamentos são pequenos e frequentemente os condomínios proíbem animais de estimação. Soma-se a isso a cultura do trabalho intenso, que deixa pouco tempo para cuidar de um pet. Aí os pet cafés surgiram como uma solução criativa, oferecendo um lugar gostoso e relaxante onde as pessoas podiam desfrutar da companhia de animais sem os compromissos da tutela.
Pet cafés com animais exóticos: de corujas a pandas-vermelhos
Se você pensa que pet cafés são apenas para gatos e cachorros, prepare-se para se surpreender. Ao redor do mundo, especialmente na Ásia, existem estabelecimentos que abrigam uma variedade impressionante de animais:
- No Japão: cafés com corujas, répteis, hedgehogs (porcos-espinho anões) e até mesmo guaxinins;
- Na Coreia do Sul: alpacas, ovelhas e porquinhos-da-índia são as estrelas;
- Na Tailândia: huskies siberianos e até mesmo corvos têm seu espaço;
- Na China: pandas-vermelhos e preguiças encantam os visitantes.
E o mercado brasileiro, sempre atento às tendências internacionais, não ficou de fora. Nas principais capitais do país, já é possível encontrar diversos pet cafés, cada um com sua proposta única:
- Em São Paulo: o pioneiro Cat Café e o charmoso Café com Gato;
- No Rio de Janeiro: o Gato Café e o Le Cat Café conquistaram os cariocas;
- Em Curitiba: a Gateria Café traz o conceito para o sul do país;
- Em Porto Alegre: o Café com Gatos aquece os dias frios dos gaúchos.
Muitos pet cafés brasileiros vão além do entretenimento, assumindo um importante papel social: a promoção da adoção responsável. Em parceria com ONGs de proteção animal, diversos estabelecimentos abrigam temporariamente animais resgatados, oferecendo a eles uma vitrine acolhedora para encontrar um lar definitivo.
Como funciona a maioria dos pet cafés
A experiência em um pet café é cuidadosamente planejada para garantir o bem-estar tanto dos animais quanto dos clientes:
1. Antes da entrada:
- Reserva prévia (em alguns casos);
- Higienização das mãos;
- Briefing com regras de comportamento;
- Troca de calçados por pantufas (comum em cafés asiáticos).
2. Durante a visita:
- Tempo médio de 30-60 minutos;
- Áreas separadas para alimentação e interação com os animais;
- Supervisão constante de profissionais especializados;
- Regras claras de interação (não acordar animais dormindo, não usar flash, etc.).
Cardápio especial
O menu dos pet cafés costuma ser tão charmoso quanto seus habitantes peludos:
- Cafés com arte latte em formato de patinha;
- Cookies e bolos decorados com motivos pet;
- Bebidas temáticas;
- Petiscos especiais que os clientes podem oferecer aos animais.
E é aqui que entram alguns exemplos diferentes, onde os animais são os reizinhos. No Sky Hall Terrace Bar, neste domingo (24/11) acontece o brunch só para os animais de estimação. “Era uma vez a Terra dos Pets” será em São Paulo, a partir das 11h. Neste dia especial, haverá desfile das fantasias, então príncipes, princesas, fadas e unicórnios entram na passarela e terá premiação.
No menu, para humanos e pets, terá um brunch preparado pelo chef Martin Casilli, onde pratinhos com carninha, leguminhos e franguinho, estarão disponíveis, a partir de R$ 10. E para diversão, estandes de parceiros terão brinquedos para animar os pets. É preciso comprar ingresso antes e o valor do ingresso é reversível em consumo.
O Café Conceito é uma rede de cafeterias paulista, com 18 unidades no interior de São Paulo, lançou o cãoppuccino, petisco com sabor de cappuccino para os cachorros. “Criamos esse produto para atender os pets que frequentam nossas unidades durante todo o ano, acompanhando seus tutores. É também uma versão segura da bebida para eles ingerirem”, comenta Diego Migotto, sócio fundador da rede.
O futuro dos pet cafés
O conceito continua evoluindo. Alguns estabelecimentos já oferecem:
- Espaços de coworking pet friendly;
- Eventos temáticos e festas de aniversário;
- Sessões de fotos profissionais;
- Workshops sobre cuidados com animais.
E você? Já foi a um pet café?
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