Filhos devem ser poupados da raiva pelo ex

O episódio foi em Londres, mas poderia ser em qualquer lugar do mundo onde exista um ex-casal que viva disputando a guarda dos filhos, sem respeitar ou levar em conta a saúde mental das crianças. 

Uma mãe perdeu a guarda do filho porque estava falando muito mal do pai da criança diante dela. Depois da decisão do juiz Lloyd North, a criança passou a morar com seu pai.

Mãe perde a guarda de seu menino por falar mal do pai dele

De acordo com o Daily Mail, os pais brigavam há anos pela guarda do filho, que tem oito anos. O juiz deu a sentença após um psicólogo ter analisado a criança.

Segundo o profissional, a criança tinha muitos sentimentos negativos em relação ao pai, que de acordo com o laudo foram passado a ele por sua mãe. 

O término de um relacionamento nunca é fácil. Muitas vezes, há ressentimentos, mágoas e não raramente os filhos são usados como arma, dando origem à chamada Síndrome de Alienação Parental (SAP). O termo foi proposto por Richard Gardner [3], em 1985, para a situação em que a mãe ou o pai de uma criança a treina para romper os laços afetivos com o outro genitor, criando fortes sentimentos de ansiedade e temor para a criança.

Alienação parental destrói chance de boa relação com ex-marido

Quem não consegue elaborar adequadamente o luto da separação, desencadeia esse tipo de processo de destruição, vingança, desmoralização e descrédito do ex-cônjuge. E o filho acaba sendo utilizado como instrumento da agressividade direcionada ao parceiro.

A principal vítima é a criança, que não pediu pra nascer e se vê envolvida numa trama de ódio que compromete sua saúde mental e sua vida afetiva. Pais deveriam aprender a engolir sua raiva, suas frustrações e agir como adultos. Colocar filho no mundo implica, muitas vezes, ter contato com o ex para sempre. E pelo bem da criança o ideal seria que essa relação fosse saudável. 

A mãe que perdeu a guarda por detonar o pai para o filho chegou a recorrer da decisão, mas perdeu. Ela talvez tivesse até motivo, mas o certo a fazer seria guardar sua raiva e pensar no bem-estar de seu menino de oito anos.