Agosto Dourado: sempre vale destacar os benefícios do aleitamento materno para a saúde de crianças e mães
Campanha que acontece durante este mês, reforça a importância do leite materno, considerado pela OMS como "alimento de ouro".
Como Ser Saudável|Do R7
Não importa se você já é mãe, ainda vai ser ou não pretende. Mas com certeza já ouviu sobre a importância da amamentação. Criada pela Aliança Mundial de Ação Pró-Amamentação (WABA – sigla em inglês), a primeira semana de agosto é considerada a Semana Mundial de Aleitamento Materno (SMAM), uma iniciativa que ocorre em mais de 120 países. Instituído pela Lei nº13.435/2017, agosto também passou a ser considerado o mês do aleitamento materno no Brasil, sendo chamado de "Agosto Dourado", para representar o padrão ouro de qualidade do leite materno.
É, de longe, o melhor alimento que pode ser ofertado ao bebê, dado que ele "contém todos os nutrientes necessários de acordo com cada etapa de desenvolvimento, facilita a digestão, hidrata e protege contra doenças infecciosas e alergias, assim como melhora a resposta à vacinação e diminui as chances de mortalidade infantil", explica a doutora Carolina Curci, ginecologista e obstetra. "O ideal é que o leite materno seja o único alimento ingerido pelo bebê até os 6 meses de vida e complementar até 2 anos ou mais".
Além de ser fundamental para o bebê, pois reduz os riscos de doenças e fortale o sistema imunológico, a amamentação também proporciona inúmeros benefícios para a mãe e a família: "durante a amamentação, a liberação de hormônios como a ocitocina ajuda o útero a voltar ao tamanho normal após o parto, auxiliando na recuperação. Além disso, amamentar pode reduzir o risco de algumas doenças, como o câncer de mama e de ovário, por exemplo, reduz a depressão pós-parto e aumenta o vínculo entre a mãe e o bebê", nos conta a obstetra Carolina Curci.
Um estudo recente, coordenado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e encomendado pelo Ministério da Saúde, apontou que as taxas de aleitamento materno vêm crescendo no Brasil.
Mas os números podem ser ainda maiores com maior engajamento de mães que precisam retornar ao trabalho e interrompem a amamentação por falta de infomação. Algumas dicas podem ser valiosas para garantir o sucesso dessa jornada tão importante. A doutora Carolina lista pra gente estes pontos:
- criar uma rotina de extração do leite materno durante o período de trabalho, utilizando uma bomba de tirar leite e armazenando adequadamente para oferecer ao bebê posteriormente;
- o leite que acabou de ser ordenhado poderá ficar em temperatura ambiente por volta dos 25 graus até 4 horas;
- o leite armazenado na geladeira deve ficar por até 4 dias. No freezer, o tempo recomendado é de no máximo 6 meses;
- nunca deve ser recongelado o leite que já foi congelado;
- comunicar ao empregador sobre a necessidade de pausas para a extração é fundamental, garantindo assim um ambiente de trabalho mais favorável;
- aproveitar ao máximo os momentos de convívio com o bebê fora do horário de trabalho, realizando a amamentação sempre que possível.
Portanto, não há exagero nenhum em afirmar que o leite materno é, sim, a base da vida. E caso você enfrente difiuldades durante o período de amamentação do bebê, procure orientação médica.
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