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Como Ser Saudável

Fraturas na coluna: o perigo silencioso que pode atingir qualquer pessoa

Mesmo sem grandes traumas, lesões na coluna vertebral afetam milhões de brasileiros todos os anos. Saiba como identificar os riscos, prevenir e tratar esse problema cada vez mais comum

Como Ser Saudável|Renata GarofanoOpens in new window


Fratura lombar gerada por Freepik/IA



Você já parou pra pensar na importância da sua coluna? Ela é como o pilar do nosso corpo: sustenta, dá mobilidade e ainda protege a medula espinhal (responsável por transmitir os comandos do cérebro para o resto do corpo). No total, são 33 vértebras organizadas em quatro regiões: cervical, torácica, lombar e sacral.


Entre essas áreas, a região lombar costuma ser a que mais sofre, especialmente a vértebra L1. Ela fica bem ali, na transição entre o fim da medula espinhal e o começo da chamada “cauda equina” — um feixe de nervos que desce até as pernas. Por isso, é uma das mais vulneráveis a lesões.

Segundo o neurocirurgião especialista em coluna Dr. Rodolfo Carneiro, fraturas nessa área são dolorosas e exigem atenção, mesmo quando não há comprometimento neurológico: “O processo transverso é uma projeção óssea lateral fundamental para a fixação de músculos e ligamentos da região lombar. Quando ocorre uma fratura nessa estrutura, o quadro é bastante doloroso e impacta diretamente na estabilidade e na mobilidade do paciente. Mesmo sem lesão neurológica, é preciso cuidado no tratamento e na reabilitação”, explica o médico.


Felizmente, esse tipo de fratura costuma ser tratada de forma conservadora, com repouso, uso de analgésicos, fisioterapia e, em alguns casos, colete ortopédico. “A recuperação varia de 4 a 8 semanas, dependendo da gravidade da lesão, da resposta ao tratamento e do nível de exigência física da pessoa”, diz o doutor Carneiro.

Quem corre mais risco?

Quando a gente ouve falar em fratura na coluna, logo pensa em acidentes graves, né? Mas a verdade é que as fraturas vertebrais são mais comuns do que parece e, muitas vezes, passam batido, principalmente em pessoas mais velhas. Elas podem acontecer tanto em situações mais dramáticas, como quedas de grandes alturas ou acidentes de carro, quanto por causas bem mais silenciosas, como a osteoporose, que vai enfraquecendo os ossos aos poucos.


O neurocirurgião Rodolfo Carneiro destaca os principais grupos de risco:

  • Idosos com osteoporose: a perda progressiva de densidade óssea aumenta o risco após os 65 anos;
  • Mulheres na menopausa: a queda dos níveis de estrogênio acelera a perda óssea;
  • Histórico prévio de fraturas: aumenta significativamente o risco de novas fraturas;
  • Baixo peso corporal (IMC reduzido): menor massa óssea e menor proteção em quedas;
  • Uso crônico de medicamentos que afetam o metabolismo ósseo: corticoides, anticonvulsivantes e inibidores de aromatase;
  • Deficiências hormonais: hipogonadismo e menopausa causam perda óssea precoce;
  • Histórico de traumas: acidentes e esportes de contato são causas frequentes entre adultos jovens;
  • Tabagismo e consumo excessivo de álcool: prejudicam a qualidade do osso e aumentam o risco de quedas;
  • Doenças crônicas: artrite reumatoide e diabetes, afetam a saúde óssea.
  • Déficit de cálcio e vitamina D
  • Sedentarismo e imobilização prolongada.
  • Histórico familiar de fratura osteoporótica.

Como prevenir as fraturas vertebrais

Grande parte dessas lesões pode ser evitada com medidas simples, especialmente quando fatores de risco são identificados precocemente. Entre as estratégias de prevenção, o doutor destaca:

@drrodolfocarneiro Divulgação
  • Densitometria óssea em pacientes de risco: para diagnóstico precoce da osteoporose;
  • Prática regular de exercícios físicos: principalmente os que fortalecem a musculatura e promovem impacto controlado, como caminhada e musculação supervisionada;
  • Correção de deficiências nutricionais: com ingestão adequada de cálcio, vitamina D e proteínas;
  • Modificações no ambiente doméstico: para evitar quedas, especialmente em idosos;
  • Abandono do tabagismo e redução do consumo de álcool;
  • Tratamento adequado da osteoporose: com acompanhamento médico e adesão ao plano terapêutico.

A verdade é que fratura na coluna acontece bem mais do que a gente pensa e não é só com quem sofreu um tombo feio ou um acidente sério, não. Muita gente nem percebe que teve, principalmente com o passar da idade, já que os ossos vão ficando mais frágeis com o tempo.

Mas calma, dá pra cuidar disso, sim! Saber o que aumenta o risco, manter uma rotina saudável e fazer exames ocasionalmente são jeitos simples de proteger a sua coluna e seguir com mais qualidade de vida por muitos anos.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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