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Como Ser Saudável

Quer controlar a compulsão alimentar? Coma!

Descubra por que se privar pode piorar o problema e como comer de forma consciente faz toda a diferença

Como Ser Saudável|Renata GarofanoOpens in new window

A compulsão alimentar é um transtorno caracterizado por episódios de ingestão exagerada de alimentos Creative Commons

A compulsão alimentar é um transtorno que vai muito além de “comer demais” por vezes. Ela se caracteriza por episódios recorrentes de ingestão exagerada de alimentos, acompanhados de sensação de perda de controle e, muitas vezes, culpa ou vergonha. Este distúrbio está frequentemente ligado a fatores emocionais, traumas e dietas muito restritivas.

De acordo com estimativas da Associação Brasileira de Psiquiatria, cerca de 15 milhões de brasileiros são afetados por algum tipo de transtorno alimentar, incluindo anorexia, bulimia e compulsão alimentar. Esse número representa aproximadamente 5% da população brasileira.

RESUMO DA NOTÍCIA

  • A compulsão alimentar é um transtorno ligado a episódios de ingestão exagerada e perda de controle.
  • Cerca de 15 milhões de brasileiros sofrem de transtornos alimentares, incluindo a compulsão.
  • Reeducação alimentar e refeições equilibradas podem ajudar a controlar a compulsão e evitar jejum prolongado.
  • O tratamento deve incluir apoio psicológico e emocional, já que a comida pode ter uma função emocional importante.

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Mas, afinal, qual é o papel da alimentação nesse tratamento?

A reeducação alimentar é uma das etapas mais importantes no cuidado com quem sofre de compulsão. Criar uma rotina com refeições equilibradas, fracionadas ao longo do dia, pode ajudar a regular o apetite, reduzir os gatilhos e, principalmente, evitar os longos períodos de jejum que favorecem os episódios compulsivos.

“Muitas vezes, a compulsão é alimentada pela privação. Dietas radicais aumentam o desejo por determinados alimentos e dificultam o controle. O ideal é promover uma alimentação nutritiva, prazerosa e sem culpa”, explica a nutricionista do Hospital Moriah, Leticia Manduca.


Alimentos ricos em fibras, como frutas, vegetais e grãos integrais, ajudam a prolongar a saciedade. Proteínas magras, como ovos, frango e leguminosas, também têm efeito positivo no controle do apetite.

Além disso, é importante incluir fontes de gorduras boas, como abacate, azeite de oliva e oleaginosas. “Não se trata de cortar alimentos, mas de entender os sinais do corpo. Comer com atenção plena e respeitar a fome e a saciedade são práticas fundamentais”, reforça Leticia.


Também é recomendada a avaliação de nutrientes específicos, como triptofano, cromo e magnésio. Esses elementos colaboram para estabilizar o apetite, melhorar o humor e controlar os impulsos alimentares, sendo aliados importantes no tratamento nutricional da compulsão alimentar.

Além disso, muitas pessoas utilizam a comida como forma de lidar com emoções difíceis, como ansiedade, tristeza ou estresse. Por isso, o tratamento deve ser multidisciplinar, envolvendo apoio psicológico e, quando necessário, psiquiátrico.


“A comida deixa de ser apenas nutrição e passa a ter uma função emocional. Por isso, o acolhimento e o autoconhecimento são partes essenciais do processo de cura”, destaca a nutricionista.

Por onde começar?

A nutri Leticia Manduca deixou a seguinte estratégia:

  • Evite dietas restritivas ou da moda;
  • Estabeleça horários para as refeições;
  • Não pule o café da manhã (dica de ouro);
  • Mastigue devagar e preste atenção ao que está comendo;
  • Busque apoio profissional: nutricionista, psicólogo e, se necessário, psiquiatra
  • Foco no consumo de proteínas: frango, ovos, peixes e iogurtes.
  • Ingestão diária de cereais integrais e sementes;
  • Consumo de gorduras boas: abacate, azeite;
  • Organizar o ambiente alimentar: evitar estoque de alimentos que desencadeiam a compulsão.
  • Organizar as compras semanais: preparo de marmitas e lanches

O tratamento da compulsão alimentar exige atenção não apenas à alimentação, mas também às questões emocionais e psicológicas envolvidas. Se você ou alguém que você conhece vive episódios de compulsão alimentar, procure ajuda. Tratar com empatia e profissionalismo faz toda a diferença. Comer deve ser um ato de cuidado, não de culpa.

Lembre-se: coma para controlar a compulsão — uma alimentação equilibrada, aliada ao cuidado emocional, é o caminho para uma recuperação verdadeira e duradoura.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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