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Como Ser Saudável

Saúde do coração na menopausa: como manter os batimentos em dia

Especialistas explicam o que muda no corpo da mulher durante essa fase e ensinam como cuidar do coração com alimentação e exercícios

Como Ser Saudável|Renata GarofanoOpens in new window

RESUMO DA NOTÍCIA

  • A menopausa, que ocorre entre os 45 e 55 anos, pode afetar a saúde cardiovascular devido à queda nos níveis de estrogênio.
  • Sinais como palpitações, dor no peito e falta de ar não devem ser ignorados e podem indicar problemas cardíacos.
  • Uma alimentação saudável e a prática de exercícios com avaliação médica são fundamentais para manter a saúde do coração.
  • Estresse, má qualidade do sono e tratamento hormonal individualizado devem ser considerados para proteger o coração durante a menopausa.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

A queda nos níveis de estrogênio, um hormônio responsável por proteger o sistema cardiovascular, pode aumentar o risco de arritmias e doenças cardíacas em mulheres. Inteligência artificial/ChatGPT

A menopausa é um marco natural na vida da mulher, geralmente entre os 45 e 55 anos. Mas além dos fogachos e das alterações de humor, há outro sinal de alerta que muitas vezes passa despercebido: a saúde do coração. A queda nos níveis de estrogênio (hormônio que protege o sistema cardiovascular) pode aumentar o risco de arritmias e outras doenças cardíacas.

Segundo o cardiologista Alexsandro Fagundes, a deficiência hormonal “enfraquece a proteção natural que as mulheres têm sobre os vasos sanguíneos e o coração. Com isso, podem surgir sintomas como palpitações, tontura, falta de ar e até desmaios”.

Esses sinais não devem ser ignorados. Como explica Maria Alayde Mendonça Rivera, cardiologista e coordenadora do Departamento da Mulher da SOBRAC (Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas): “os fogachos, que são ondas de calor e suores noturnos, podem vir acompanhados de palpitação, pela elevação da frequência cardíaca”.


Além disso, ela alerta para outros sintomas importantes: “dor no peito aos esforços pode indicar obstrução das artérias; falta de ar ao realizar atividades cotidianas pode estar ligada à insuficiência cardíaca; dores de cabeça frequentes podem estar associadas à hipertensão — cuja incidência cresce no climatério”.

Outro ponto de atenção é a fibrilação atrial, um tipo comum de arritmia que também se torna mais frequente nessa fase e que costuma se manifestar por meio de palpitações.


A boa notícia é que hábitos saudáveis ajudam — e muito — a manter o coração protegido. A alimentação, por exemplo, é uma ferramenta poderosa.

“O consumo adequado de frutas e verduras, aliado à redução no consumo de açúcares e carnes vermelhas, pode ajudar a controlar o peso, a pressão arterial, o colesterol e a glicemia. Tudo isso contribui para reduzir os principais fatores de risco cardiovasculares, como hipertensão, diabetes e colesterol alto”, orienta a doutora Maria Alayde.


A prática de atividades físicas também é essencial, mas deve ser feita com cautela. “É importante que a mulher passe por uma avaliação cardiológica antes de iniciar os exercícios, com teste de esforço para ajustar a carga adequada. A escolha da atividade deve respeitar o perfil individual, levando em conta alterações musculares e articulares comuns nessa fase”, explica.

Vale lembrar que a atividade física não precisa ser algo mecânico. “Deve ser feita com prazer, como um investimento na saúde física e também na saúde mental”, completa a médica.

Outros fatores que devem ser observados com atenção são o estresse e a má qualidade do sono. Ambos são inimigos silenciosos da saúde cardiovascular. “O estresse provoca liberação de adrenalina, que aumenta a frequência cardíaca, a pressão e os fatores de coagulação do sangue. Isso acelera a formação de placas nas artérias e pode desencadear infartos ou AVCs”, alerta a cardiologista.

Já o sono de má qualidade tem sido associado a um risco maior de doenças cardíacas, além de comprometer a saúde mental. Por isso, criar uma rotina de descanso e buscar formas de lidar com a ansiedade são atitudes fundamentais.

cardiologista Maria Alayde Mendonça Rivera Divulgação

Para “enfrentar” essa fase da vida, algumas mulheres podem se beneficiar da terapia de reposição hormonal, mas o tratamento precisa ser individualizado.

“Estrógenos podem ser usados para aliviar sintomas da menopausa, desde que a paciente não tenha contraindicações como histórico de infarto, AVC, trombose ou câncer de mama. É essencial discutir essa decisão com o ginecologista e também com um cardiologista”, reforça a especialista.

Além disso, sintomas como dor no peito, falta de ar, tontura ou palpitações persistentes devem ser investigados por um cardiologista, que pode indicar o melhor tratamento para cada caso.

A menopausa marca uma fase de transformações e também de oportunidades para um novo olhar sobre o corpo. Alimentação equilibrada, exercícios regulares, sono de qualidade e acompanhamento médico são pilares para atravessar esse momento com mais saúde e segurança. O coração agradece!

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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