Gretchen tirou PMMA dos lábios: o que é essa substância e por que evitá-la?
Descubra por que o PMMA deixou de ser tendência e quais as alternativas mais seguras

A onda da harmonização facial já teve seu auge. Celebridades e anônimos embarcaram com entusiasmo na promessa de um rosto mais definido, jovem e “instagramável”. Mas, como toda moda que vem com muita sede ao pote (ou à seringa), agora começa a surgir um movimento curioso: o da harmonização reversa. Sim, tem muita gente querendo desfazer o que, tempos atrás, era visto como o toque mágico da beleza.
Uma das figuras mais icônicas nesse processo foi Gretchen, que revelou ter retirado o PMMA de seus lábios. Muita gente se confundiu achando que ela “reverteu a harmonização”, mas o que ela realmente fez foi uma cirurgia para remover essa substância específica.
RESUMO DA NOTÍCIA
Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7
E o que é, afinal, o tal PMMA?
Segundo a Dra. Fernanda Nichelle, médica especialista em estética com atualizações pelas universidades de Harvard e Michigan,
“O PMMA, ou polimetilmetacrilato, é um polímero sintético permanente que não deveria ser usado para preenchimento labial. Por ser definitivo, ele só pode ser removido com cirurgia. E mesmo assim, isso representa riscos consideráveis à segurança do paciente.”
Além de ser difícil de remover, o PMMA pode causar inflamações, reações alérgicas e deixar o rosto com um aspecto artificial, endurecido ou até deformado. Por isso, hoje em dia, os especialistas preferem substâncias mais seguras e biodegradáveis, como o ácido hialurônico.
“O ácido hialurônico é temporário e, em caso de complicações ou arrependimento, pode ser revertido com a aplicação de uma enzima chamada hialuronidase”, explica a Dra. Fernanda. “Ele tem maior compatibilidade com o organismo e risco bem menor de rejeição.”
Outra opção usada em alguns casos é a injeção de gordura autóloga (ou seja, do próprio corpo), mas o controle estético pode ser mais imprevisível, o que exige ainda mais cuidado e precisão por parte do profissional.
Já para quem aplicou PMMA no passado e agora quer remover, o processo não é nada simples. De acordo com o Dr. Carlos Tagliari, cirurgião plástico e membro da ISAPS:
“A retirada do PMMA é exclusivamente cirúrgica. Na região dos lábios, tentamos sempre fazer a incisão pela parte interna da boca, para evitar cicatrizes visíveis. Mas, muitas vezes, só conseguimos remover as áreas mais superficiais ou salientes, porque o produto pode estar infiltrado na musculatura, o que torna a retirada total arriscada e quase impossível.”
Ou seja: dá para melhorar, mas nem sempre dá para voltar ao que era antes.
A boa notícia é que a cirurgia nos lábios costuma ser tranquila. Há um leve inchaço, pontinhos internos que caem sozinhos, e uma recuperação relativamente rápida. Mas, em outras regiões do rosto, o procedimento pode ser mais invasivo, com pós-operatório mais delicado.
Conclusão?
Se a estética é uma escolha pessoal, ela também exige responsabilidade. O barato permanente pode sair caro demais. Especialmente quando falamos de substâncias que não se degradam, não saem sozinhas e nem sempre podem ser retiradas totalmente sem sequelas.
No fim das contas, a busca por um rosto ideal pode acabar nos levando a reconhecer que menos é mais — e que o tempo, a autoestima e um bom profissional fazem milagres maiores do que o bisturi ou a seringa.
Então antes de copiar o lábio da influencer da semana, pergunte ao espelho com luz natural:“É isso mesmo que EU quero? Ou é só uma trend que amanhã vai estar fora de moda?”
E se der dúvida… olha pro Seu Umbigo e respira. A beleza pode estar ali, só esperando você perceber.
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