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S.O.S cólica: como sobreviver ao drama mensal

Saiba como é possível aliviar os sintomas e encarar o ciclo de forma leve

Meu Umbigo|Thais AngelucciOpens in new window

É possível encarar o ciclo menstrual de forma mais leve imagem criada por IA Dall-e

Ah, a cólica menstrual… aquela companheira mensal que chega sem ser convidada, faz um drama digno de novela mexicana e ainda insiste em ficar. Quando eu era adolescente, a cólica já era parte de mim todos os meses e com ela vinha a bolsa de água quente que eu e minhas irmãs a disputávamos.

A mãe de uma amiga da minha irmã me disse que quando eu tivesse mais de 30 anos melhoraria, mas como eu não quis esperar todo esse tempo, a pílula anticoncepcional foi um grato aliado.

Se cólica fosse uma pessoa, seria aquela amiga que só aparece para reclamar da vida, pedir ajuda e nunca te traz nada de bom. Mas, calma! A gente vai te mostrar que dá para sobreviver a esse “ataque ao útero” com muito bom humor e algumas dicas valiosas.

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Cólica menstrual: o que é isso, minha gente?

A cólica menstrual (ou dismenorreia, para usar aquele nome chique) é basicamente o seu útero gritando porque está se livrando do que não serve mais.


Durante a menstruação, o útero contrai para expulsar o revestimento que se formou durante o ciclo, e essas contrações são o que causam a famosa dor.

Agora, por que tem dias que parece que o útero tá treinando para as Olimpíadas de ginástica rítmica? Aí, depende da sua sorte genética, hormônios, alimentação, estresse... Ou seja, tudo! Sim, ser mulher é uma aventura.


Curiosidades sobre as cólicas (ou: “Por que a natureza é tão irônica?”)

  • Você sabia? Cerca de 90% das mulheres já sentiram cólica menstrual em algum momento da vida. Se você nunca teve cólica, parabéns! Você provavelmente vive em Nárnia.
  • Muitas mulheres sentem cólica nas costas. Isso mesmo, eu era uma dessas pessoas! Como se a dor no baixo ventre não fosse suficiente, ela se espalha, como quem diz: “Eu posso ser pior!”
  • As cólicas podem ser mais intensas em dias frios. Porque o combo ‘frio + TPM’ precisava de uma cereja no bolo, né?

Como sobreviver a este drama mensal?

Agora, o lado bom: dá para amenizar esses sintomas com algumas medidas. Então, anota aí essas dicas que vão ajudar você (e seu útero) a passar por essa fase com um pouco mais de leveza!

1. A bolsa de água quente é sua melhor amiga


Essa é clássica e funciona, minha gente! O calor relaxa os músculos do útero e ajuda a aliviar a dor. É como dar um abraço quentinho no seu abdômen. Não vai fazer desaparecer, mas alivia bem o sintoma.

2. Exercício físico? Sim, senhoras!

Eu sei, eu sei. A última coisa que você quer fazer com cólica é pular em uma esteira, mas exercícios leves, como caminhar ou fazer ioga, aumentam a circulação sanguínea e liberam endorfinas, os analgésicos naturais do corpo. Então, bora mexer esse corpinho!

3. Chás milagrosos

Chás de camomila, gengibre ou canela são ótimos para dar uma acalmada nas contrações. Além disso, a pausa para tomar um chazinho é sempre bem-vinda no caos menstrual.

4. Alimentação: Escolhas inteligentes

Evite alimentos gordurosos, cafeína e doces excessivos. Eu sei que na TPM dá vontade de devorar um bolo de chocolate inteiro, mas isso pode piorar as cólicas. Aposte em frutas, verduras e alimentos ricos em magnésio e ômega 3. É um clichê, mas funciona.

5. Aposte nas massagens

Fazer uma massagem suave na região abdominal com óleos essenciais, como o de lavanda ou hortelã-pimenta, pode ajudar a aliviar a tensão muscular. E quem não ama uma massagem, né?

6. Se precisar, vá de remédio sem culpa

Não tem vergonha nenhuma em apelar para os analgésicos se as dicas acima não derem conta. Se sua cólica é mais intensa que final de novela das 8, fale com seu médico e encontre a melhor solução para você.

Agora vamos saber com um pouco mais de propriedade no assunto com quem estudou por anos o corpo da mulher? O Dr. Luciano Curuci, Ginecologista, Acupunturista e Presidente do Colégio Medico de Acupuntura de São Paulo, vai nos dar a CONSULTA GRÁTIS de hoje.

1- O que exatamente causa cólica menstrual e por que algumas mulheres sofrem mais?

Toda dor no período menstrual deve ser investigada. Ela pode ser causada por algo conhecido como desmenorreia, que é a cólica menstrual. A desmenorreia pode ser dividida em desmenorreia primária, ou seja, sem uma causa aparente — é a própria cólica menstrual, causada pelo processo de descamação endometrial, menstruação e eliminação do fluxo menstrual, algo que pode ser fisiológico. Algumas mulheres reagem com mais dor que outras, o que depende de fatores como características individuais e a fisiologia de cada mulher, idade e ciclo ovulatório. Também existe a desmenorreia secundária, que ocorre devido a alguma patologia, como endometriose, cisto ovariano ou mioma uterino, que podem intensificar a dor no período menstrual. Por isso, é fundamental investigar essas causas com o ginecologista.

2- Existem fatores genéticos que influenciam na intensidade das cólicas?

Não. Não há caráter hereditário ou fator genético associado. O fato de a mãe, avó ou irmã mais velha terem cólica menstrual intensa não significa que a mulher também terá. A intensidade dos sintomas das cólicas menstruais é individual e varia conforme o ciclo menstrual de cada mulher.

3- O que diferencia uma cólica menstrual comum de uma que pode indicar algo mais sério, como a endometriose?

É possível ter endometriose mesmo com cólicas de baixa intensidade. Não é a intensidade da dor que define a possibilidade de endometriose ou outra condição ginecológica. Qualquer tipo ou intensidade de dor deve ser investigado por um ginecologista para identificar possíveis patologias.

4- Quais são os tratamentos mais eficazes para alívio das cólicas menstruais?

Primeiramente, deve-se obter um diagnóstico preciso para saber se a cólica é uma desmenorreia primária ou secundária. Com isso, o tratamento adequado pode incluir o uso de analgésicos, anti-inflamatórios e, em alguns casos, hormônios como estrogênio e progesterona. Há também opções não medicamentosas, como acupuntura e mudanças no estilo de vida, incluindo atividade física e uma alimentação saudável. A depender das características individuais, podem ser tomadas medidas específicas, como se agasalhar melhor em dias frios para aliviar a dor.

5- Sobre as mudanças no estilo de vida. A prática regular de atividade física, uma alimentação equilibrada e, em casos de estresse ou ansiedade, atividades de relaxamento e terapia ocupacional, como aprender um novo idioma ou instrumento, ajudam a criar conexões cerebrais diversificadas e favorecem a saúde mental e física.

6- O uso contínuo de anticoncepcionais é uma das formas de tratamento hormonal. Pode ser feito com estrogênio e progestágeno ou apenas com progestágeno, dependendo da orientação do ginecologista. Em alguns casos, o bloqueio da ovulação e a redução do fluxo menstrual com o anticoncepcional podem ajudar a diminuir a intensidade das cólicas.

7- Por que a cólica diminui com o envelhecimento?

A partir dos 35 anos, a mulher começa a entrar no climatério precoce, um período de diminuição da produção de hormônios como estrogênio e progestágeno. Entre 42 e 43 anos, essa redução hormonal se acentua, podendo causar ciclos menstruais mais espaçados, até a chegada da menopausa entre os 49 e 50 anos na população brasileira. A diminuição das cólicas ocorre devido à redução dos ciclos ovulatórios e das produções hormonais.

8- Quais são os efeitos do estresse e da falta de sono?

Situações de estresse e noites mal dormidas aumentam a intensidade da dor, criando um ciclo vicioso: quanto mais dor, mais estresse e mais insônia, o que reduz a tolerância à dor. A acupuntura e mudanças no estilo de vida ajudam a controlar essa instabilidade emocional e a insônia, proporcionando alívio nos sintomas.

9- Quando é o momento certo de procurar um médico?

Se a cólica menstrual interfere muito na rotina, é importante realizar consultas preventivas com o ginecologista para avaliar a dor e determinar se está dentro da normalidade. Exames físicos, laboratoriais e de imagem, como ultrassonografia transvaginal, ajudam a identificar causas e são essenciais para a prevenção de doenças como câncer de colo de útero e câncer de mama. Em caso de alterações na intensidade da dor, fluxo menstrual ou qualquer outra mudança, mesmo que a dor pareça “normal”, sempre procure o atendimento de um ginecologista.

Finalizando com leveza...

A cólica menstrual pode ser a vilã de todo mês, mas com essas dicas, você consegue sobreviver ao ciclo sem perder o humor (ou a paciência). E lembre-se: cada mulher é única, então o que funciona para uma pode não funcionar para outra. O importante é encontrar seu jeito de lidar com a cólica e continuar cuidando do seu próprio umbigo. Porque, cá entre nós, a gente merece esse carinho!

Agora vai lá, coloca sua bolsa de água quente, pega seu chá e respira fundo. O universo feminino não é fácil, mas com bom humor e autocuidado, dá pra encarar tudo – até a cólica.

Gostou? Quer saber sobre outros temas? Nos siga no @meu1bigo.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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