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Gravidez e obesidade: quando a alegria vem com medo

A história de Tati Machado despertou em mim a vontade de entender os riscos reais que enfrentei ao engravidar com obesidade

Obesidade sem Tabu|Mariana VerdelhoOpens in new window

Tati Machado grávida de Rael Reprodução/Instagram/@tati

Nesta semana, foi divulgada a triste notícia de que a apresentadora Tati Machado perdeu seu filho Rael, aos 8 meses de gestação. A gravidez seguia tranquila, sem intercorrências aparentes. Notícias assim tocam fundo em qualquer mãe — é impossível não se colocar no lugar dela.

Acompanho o trabalho da Tati há muito tempo. Sempre me senti representada por ela: uma mulher gorda, jornalista, falando sobre o mundo dos famosos na TV.

Quando ela ficou grávida, fiquei feliz. Não me lembrava de ter visto outra mulher acima do peso exibir a gestação na TV. Cada vez que a via com aquele barrigão, eu me lembrava da minha própria gestação.

Assim que fiquei sabendo da fatalidade que aconteceu com a Tati, eu me perguntei: será que gestar um bebê estando acima do peso é um risco? Como já compartilhei aqui no blog, engravidei no auge da minha obesidade — com IMC 36,85. Não sei se a Tati é considerada obesa (IMC acima de 30) ou apenas sobrepeso; ela aparenta ser bem mais magra do que eu era na época.


Me lembro que quando descobri que estava grávida — obesa e em plena pandemia —, morri de medo. Minha culpa era tanta que me lembro de ter temido contar para os meus pais, mesmo sendo casada e tendo um lar.

Para o meu pai, comecei dizendo: “Sei que não era o momento, e nem estou no peso ideal, mas estou grávida.” Afinal, era uma loucura engravidar acima do peso em um momento em que milhares de pessoas morriam todos os dias. Senti muito medo pela minha saúde e, principalmente, pela do Joaquim.


Confesso que — logo eu, que busco tudo na internet — não quis saber mais sobre todos os riscos que uma grávida obesa corre. Já bastava o noticiário diário sobre pessoas morrendo por conta da Covid.

Eu me cerquei de ótimos profissionais: obstetra, nutricionista, preparadora física, fisioterapeuta pélvica, médico homeopata e acupunturista. Esse time me ajudou a ter a segurança de que eu precisava.


Durante toda a gestação, cuidei com muito carinho da minha alimentação. Evitei doces, cortei o chocolate, porque sabia que, com meu histórico, os riscos de diabetes gestacional e eclâmpsia eram maiores.

Eu, grávida do Joaquim, aos oito meses de gestação. Arquivo Pessoal

Aliás, se tivesse diabetes gestacional existia um risco grande de me tornar diabética para o resto da vida. Cada escolha foi feita com responsabilidade, pensando no meu bem-estar e no do meu bebê.

Tenho muito orgulho de ter perdido peso no primeiro semestre da gestação — tanto que acabei ganhando o Joca com o mesmo peso que tinha quando engravidei.

Com toda a história da Tati, fiquei me perguntando: quais riscos, de fato, eu corri durante a minha gestação? Será que o excesso de peso aumenta os riscos para o bebê e para a mãe?

A resposta é sim. Quanto maior o IMC, maiores os riscos maternos e fetais. A obesidade é um fator de risco importante, que exige atenção desde o planejamento da gravidez.

Para esclarecer melhor esse tema, conversei com a ginecologista, obstetra e especialista em Reprodução Humana, Dra. Fernanda Imperial, que respondeu algumas dúvidas importantes no vídeo abaixo. Vale a pena assistir:

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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