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EUA podem negar visto para pessoas obesas? Veja o que sabemos sobre o caso

Nova diretriz ainda não oficializada gera alerta entre viajantes e consultores de imigração

Passaporte para o mundo|Carlos SilvaOpens in new window

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Governos dos EUA estão considerando critérios mais rigorosos para concessão de vistos, focando em saúde e estabilidade financeira.
  • Um comunicado interno sugere análises mais detalhadas das condições médicas dos solicitantes para evitar custos ao sistema de saúde.
  • Aumentarão também as exigências financeiras para garantir que imigrantes não dependam de auxílios públicos.
  • Ainda sem diretrizes oficiais, a situação exige planejamento documental para futuros candidatos a vistos.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

EUA avaliam reforçar critérios de visto com base em saúde e finanças Imagem criada por IA via Gemini

O debate sobre imigração voltou ao centro das atenções nos Estados Unidos após reportagens internacionais indicarem que o governo americano estaria avaliando critérios mais rigorosos para concessão de vistos, especialmente em aspectos de saúde e estabilidade financeira dos solicitantes.

Segundo informações da Associated Press e da revista People, um internal cable — comunicação restrita enviada a consulados — teria orientado oficiais consulares a reforçar a revisão de fatores que possam configurar risco de o candidato se tornar um “public charge” (encargo ao governo).


Até o momento, nenhuma norma oficial foi publicada no Federal Register, no Travel.State.gov, no Departamento de Segurança Interna (DHS) ou no Serviço de Cidadania e Imigração (USCIS). Em outras palavras, a diretriz não está oficializada, mas acende um sinal de alerta sobre um possível endurecimento futuro nas análises consulares.

Possíveis critérios de saúde sob revisão

As reportagens sugerem que os consulados poderiam analisar com mais rigor condições médicas que, no entendimento do governo americano, possam representar custos futuros ao sistema de saúde caso o solicitante venha a residir por longos períodos nos EUA.


Entre os fatores mencionados estariam:

  • Obesidade severa (BMI muito elevado), citada por veículos como a People por representar potencial risco de tratamentos contínuos;
  • Doenças crônicas sem controle adequado, como diabetes, hipertensão e doenças cardíacas avançadas;
  • Condições que exijam tratamento custeado pelo sistema público, como insuficiência renal, transtornos com medicação de alto custo e doenças respiratórias graves;
  • Histórico clínico que possa limitar o exercício profissional, o que afetaria a comprovação de autossuficiência financeira.

Essas situações não significam negativa automática de visto, mas podem levar o consulado a solicitar informações médicas adicionais, comprovação de tratamento, seguro-saúde internacional ou documentos complementares que demonstrem capacidade de sustento e acompanhamento clínico.


Renda e estabilidade financeira em maior foco

Além da saúde, a possível diretriz também destacaria a análise aprofundada das condições financeiras dos solicitantes. A intenção seria garantir que o visitante ou imigrante possa se manter sem recorrer a auxílios públicos.

Entre os elementos que podem ganhar mais peso estão:


  • Comprovantes de renda compatíveis com o perfil da viagem, como holerites, contratos de trabalho e declarações de imposto de renda;
  • Extratos bancários com movimentação real e transparente, evitando inconsistências, depósitos sem origem ou saldos insuficientes;
  • Investimentos e patrimônio declarados, como imóveis, veículos ou aplicações financeiras;
  • Capacidade de custear estadias longas, especialmente em vistos de estudo (F-1, J-1) ou trabalho (H-1B, EB-2/NIW);
  • Histórico financeiro familiar, no caso de estudantes ou dependentes custeados por terceiros.

Esses documentos funcionam como prova de vínculo com o Brasil e de estabilidade financeira, fatores que influenciam diretamente na avaliação consular.

Por que saúde e finanças voltaram ao debate migratório

A Associated Press aponta que o tema reflete o esforço do governo americano em reforçar o controle migratório e evitar admissões que possam gerar uso de benefícios públicos. Essa análise se apoia no conceito de “public charge ground of inadmissibility”, já presente no USCIS Policy Manual desde 2022.

Ou seja, o que se discute não é uma política inédita, mas um aumento na rigidez e na profundidade da verificação, com possível padronização de critérios entre os consulados.

Impacto potencial para brasileiros

Se confirmada, a medida poderá resultar em entrevistas mais detalhadas e maior exigência de comprovação financeira. Entre os principais impactos:

  • Perguntas adicionais sobre renda, vínculos empregatícios e planos de retorno ao Brasil;
  • Solicitação ampliada de extratos bancários, comprovantes de custeio e seguro-saúde;
  • Avaliação clínica mais criteriosa em casos de doenças crônicas;
  • Revisão de vínculos familiares e patrimoniais para comprovar estabilidade no país de origem.

Para estudantes, intercambistas e profissionais em programas temporários, essas exigências podem demandar planejamento documental antecipado.

Recomendações aos solicitantes de visto

Enquanto não há confirmação oficial, o ideal é reforçar o preparo documental e acompanhar apenas fontes oficiais. Recomenda-se:

  1. Organizar comprovantes financeiros (extratos, IR, contratos, holerites, faturamentos);
  2. Manter laços sólidos com o Brasil, como vínculos de trabalho, estudo, empresa ativa e família;
  3. Atualizar relatórios e atestados médicos, se aplicável;
  4. Contratar seguro-saúde internacional, especialmente para programas de estudo;
  5. Monitorar canais oficiais, como Travel.State.gov, USCIS.gov, DHS.gov e os sites da Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil.

Conclusão

A possível diretriz sobre critérios de saúde e finanças ainda não foi oficializada, mas indica uma tendência de maior rigor e transparência consular nos próximos ciclos de vistos.

Por ora, nenhuma regra mudou oficialmente. No entanto, o cenário reforça a importância de preparo antecipado, consistência documental e clareza nas informações — fatores que devem ganhar relevância nas análises consulares entre 2025 e 2026.

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Por Carlos Silva – Jornalista 0099348/SP, CEO da Digital Vistos e Influencer Digital

Fontes oficiais e referências

  • Associated Press – “New Trump directive could deny more visas based on applicants’ health and finances” (apnews.com)
  • People Magazine – “Obese Immigrants Can Be Denied U.S. Visas Under New Trump Administration Guidelines” (people.com)
  • USCIS Policy Manual – Public Charge Ground of Inadmissibility, atualizado em 28/10/2025 (uscis.gov/policy-manual)
  • Federal Register – seção de avisos de imigração e vistos (federalregister.gov)
  • Travel.State.Gov – U.S. Visas News (travel.state.gov)

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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