União Europeia endurece política migratória e abre caminho para ‘centros de deportação’
Novo modelo de retorno de migrantes deve entrar em vigor em 2026 e gera críticas de entidades humanitárias
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A União Europeia (UE) deu mais um passo rumo ao endurecimento de sua política migratória ao aprovar, no começo do mês, a criação dos chamados “centros de retorno” (Return Hubs) fora do território europeu. A decisão integra o Pacto Europeu de Migração e Asilo e foi confirmada por diferentes fontes oficiais e veículos internacionais.
O objetivo declarado pelos Estados-membros é acelerar deportações, reduzir o número de pessoas em situação irregular no bloco e tornar mais eficiente o sistema de retorno de migrantes que tiveram seus pedidos de asilo rejeitados.
O que a União Europeia aprovou oficialmente
Segundo documentos negociados no âmbito do Conselho da União Europeia, os novos centros poderão ser instalados em países terceiros considerados seguros, conhecidos juridicamente como Safe Third Countries. Esses locais servirão como pontos de transferência e permanência temporária para estrangeiros que não obtiveram autorização para permanecer na UE.
O modelo também se apoia no conceito de “País de Origem Seguro”, utilizado pela legislação europeia para acelerar a devolução de nacionais de países avaliados como de baixo risco humanitário. Na prática, isso permite processos mais rápidos e menos recursos legais durante a análise do retorno.
Como funcionam os chamados “Return Hubs”
Os centros de retorno não funcionarão como campos permanentes de acolhimento, mas como estruturas intermediárias para migrantes que já receberam decisão definitiva de expulsão. Neles poderão ser encaminhados solicitantes de asilo rejeitados, estrangeiros em situação irregular e pessoas sob ordem de deportação.
A União Europeia afirma que a medida respeita o direito internacional, mas admite que os detalhes operacionais dependerão de acordos bilaterais com os países que aceitarem sediar esses centros — negociações que ainda estão em curso.
Divisão política dentro da União Europeia
A aprovação da proposta evidenciou divisões internas no bloco. Governos como os da Itália, Dinamarca, Áustria e Países Baixos defenderam a criação dos centros como uma solução pragmática para o aumento da imigração irregular.
Por outro lado, França, Espanha, Portugal e Grécia se posicionaram contra o modelo, alertando para riscos humanitários, jurídicos e diplomáticos. Apesar das críticas, a proposta avançou impulsionada pelo peso político de governos mais conservadores.
Críticas e alertas de entidades internacionais
Organizações humanitárias reagiram com preocupação à decisão. Entidades como a Anistia Internacional, o Conselho Europeu de Refugiados e Exilados e o Comitê Internacional de Resgate apontam riscos concretos de detenção prolongada, baixa fiscalização e transferência de migrantes para países com histórico frágil de direitos humanos, ainda que oficialmente classificados como “seguros”.
As organizações também alertam para possíveis conflitos com normas internacionais, incluindo a Convenção Europeia de Direitos Humanos, especialmente no que se refere ao direito de defesa, ao acesso a recursos legais efetivos e à proteção contra deportações arbitrárias.
Quando as novas regras entram em vigor
A previsão é que o novo sistema de retorno seja implementado a partir de junho de 2026, desde que receba aprovação final do Parlamento Europeu, última etapa do processo legislativo.
Até lá, a União Europeia precisa concluir acordos formais com países terceiros dispostos a receber os centros, definir critérios de funcionamento e estabelecer mecanismos de fiscalização internacional.
Há impacto para brasileiros?
Para brasileiros que viajam legalmente à Europa como turistas, estudantes ou trabalhadores com visto regular, nada muda. As novas regras afetam principalmente pessoas que solicitam asilo, vivem sem autorização ou estão sob processos de deportação.
Brasileiros em situação irregular ou que venham a solicitar proteção internacional poderão estar sujeitos a procedimentos de retorno mais rápidos, inclusive com transferência para centros fora da UE.
Conclusão
A decisão da União Europeia marca um endurecimento significativo da política migratória, ao criar mecanismos que permitem a deportação de migrantes rejeitados para países fora do bloco. A medida divide governos, gera forte reação de entidades humanitárias e pode redefinir a gestão migratória europeia a partir de 2026.
Embora não afete diretamente turistas e residentes legais, o novo modelo reforça a mensagem de tolerância zero à permanência irregular, com impactos reais para milhares de estrangeiros — incluindo brasileiros que vivem ou pretendem viver na Europa fora das regras oficiais.
O tema seguirá em debate nos próximos meses, especialmente durante a tramitação final no Parlamento Europeu.
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Por Carlos Silva – Jornalista 0099348/SP e influencer digital
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