O inverno único em Campos do Jordão
Um final de semana único na cidade mais alta do Brasil
A temperatura em São Paulo finalmente caiu. A cidade de cor cinza intensificou o tom opaco e gelado. Desde o início da manhã, já observo, com as mãos no bolso, a névoa persistindo sobre os prédios pelas cinco principais zonas. Só que hoje, em especial, queria aproveitar a baixa temperatura de uma forma diferente, nas montanhas deste estado único.
Em uma tarde qualquer, sigo rumo a cidade mais alta do país, chamada Campos do Jordão. O pensamento era: ir em busca de paz e vinho. Já adianto que achei o lugar perfeito para ambos. Percebi que estava em um ambiente agradável logo na chegada, com o portal em estilo suíço. Sim, tudo por lá tem característica da Suíça, e não da Alemanha.
Confesso que sempre tive conhecimentos sobre a cidade. Pela internet, você consegue achar de tudo também. Por isso que a região central do Capivari é tão conhecida. No primeiro dia, quis ficar por essa rua, fazer o passeio tradicional. Foi por ruas estreitas, cheias de bares e restaurantes, que comecei a observar a feição dos turistas. Sorrisos e conversas encontrei de sobra. Jantei e quis ir descansar.
No dia seguinte, fui recepcionado por dois irmãos empresários e que tem paixão pela cidade, Sidney Isidro e Rafael Marcandali. Fiquei atento as palavras de cada um. Como você já sabe, gosto de histórias e da vivência de quem tem amor por um local. Além de participarem de um conselho para incentivar a melhoria local, eles criaram um hotel fantástico.
Além das acomodações, que podemos chamar de casas, o que mais me chamou atenção foi o café da manhã. Um violino era tocado suavemente por um artista, que sabia respeitar os hóspedes que estavam acordando e processando o início daquela manhã. Rafael, meu xará, fez questão de que eu provasse um dos pratos feitos pela chef.
Só que ao invés de uma xícara de café, foi uma taça de Champagne que fez o acompanhamento. Foi especial. Tão momentâneo quanto este momento, foi o almoço depois. E para ser diferente, procurei um restaurante escondido, sem sinal de telefone. Por lá, o dono era Carlos Bittencourt, um português que se apaixonou pela culinária e pelo Brasil e que juntou esses dois amores.
Na cozinha, o lugar que eu mais gosto, já percebi a organização para que tudo saia como planejado. Carlos fez questão de que eu provasse dois pratos: um de bacalhau e outro de pato. Apesar de não revelar as receitas, saí de lá com vontade de mais. São sabores únicos, acompanhados de um bom vinho e que explodem na boca.
Voltarei com certeza.
Visite:
Hotel Quebra Noz. Rua Arnola, 100. Telefone: (12) 3663-4955
Restaurante Dois Rios. Av. Pedro Paulo, 3275. Telefone: (12) 3663-4772
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