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Família de Chorão briga na Justiça por dívida póstuma do cantor

Em outubro de 2018, uma decisão determinou que Alexandre Lima Abrão, filho do músico, devolvesse R$ 325 mil à empresa de eventos Promocom

Música|Aurora Aguiar, do R7

Chorão tinha 42 anos e morreu após uma overdose de cocaína
Chorão tinha 42 anos e morreu após uma overdose de cocaína

A família de Chorão, o então líder da banda Charlie Brown Jr., está sendo cobrada por uma dívida de R$ 325 mil referente a um contrato que o músico teria assinado meses antes de morrer. Os herdeiros do artista não reconhecem o valor e desde 2015 brigam na Justiça. 

Em outubro de 2012, o cantor teria assinado um contrato com a empresa paranaense Promocom Eventos para a realização de uma turnê do grupo programada para acontecer em 2013. O músico teria recebido adiantado metade da quantia combinada, cerca de R$ 300 mil. No entanto, em março de 2013, o cantor veio a falecer após uma overdose de cocaína.

Em 2015, a empresa de eventos entrou na Justiça alegando que o contrato não previa acordo em caso de morte, e, por este motivo, a família de Chorão deveria devolver o que o artista recebeu adiantado. Mac Solek, proprietário da empresa de eventos, conversou com o R7.

— No final de 2012, a gente fez um contrato, se não me engano, eram de 12, 13 shows. Estávamos na verdade renovando um negócio que fizemos naquele ano para acontecer em 2013. Por conta disso, adiante 50% do valor de todos esses shows. Se não me engano, foram realizados uma ou duas apresentações e o Chorão chegou a falecer. 


Famosos lamentam a morte de Chorão nas redes sociais

Chorão, líder da banda Charlei Brown Jr., em cena
Chorão, líder da banda Charlei Brown Jr., em cena

Segundo Solek, ele e Chorão tinham uma proximidade grande. Uma relação não só comercial, de contratante e contratado, mas pessoal, de conversar sobre negócios, de música, de mercado.


— Quando ele morreu, foi uma surpresa para todo mundo, aquilo me chocou demais pela forma como tudo aconteceu. E, em respeito ao luto da família, na ocasião, eu resolvi não entrar com nenhum tipo de ação naquele momento. Eu jamais iria pegar o telefone e dizer: ‘e aí, como vai ficar meu dinheiro?’.

O tempo passou e segundo o empresário ninguém da família do músico o procurou.


— Eu vivo de eventos, de shows e preciso ter capital de giro, e meu capital de giro que estava empregado para fazer uma turnê do Charlie Brown Jr. não ia acontecer. E o mínimo que eu esperava era que a família me procurasse para me devolver algum dinheiro. Afinal de contas, eu assinei um contrato com o Chorão, pessoa física, dono da banda.

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Chorão foi cantor, compositor, skatista, cineasta, roteirista e empresário brasileiro
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O dono da empresa de eventos reforçou dizendo que havia comprado um produto, um serviço, e que não recebeu por ele, por isso, deveria ser ressarcido. Questionado se havia tentado um acordo amigável com os familiares de Chorão, Mac Solek disse que chegou a conversar com o filho do artista, o herdeiro Alexandre Lima Abrão, mas que foi ignorado.

— O encontro que tive com o Alexandre foi decepcionante. Me disseram que o dinheiro estava em um inventário e eu teria que procurar os meus direitos. Aquilo para mim foi uma facada pelas costas. Não quero juros, não quero multa, só quero o dinheiro que eu depositei.

E concluiu.

— Nós já temos uma sentença 100% favorável de uma determinada instancia, de que eles têm que pagar os que eles me devem. Mas eles continuam recorrendo. Isso é que mais judia, porque parece que a família está enrolando, querem ganhar tempo. Isso é falta de caráter.

Músico foi encontrado morto em seu apartamento, em 6 de março de 2013
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No autos do processo, o valor da ação é de R$ 550 mil. Em outubro do ano passado, a Justiça determinou que a família de Chorão devolvesse R$ 325 mil à empresa, no entanto, ambos os lados recorreram da decisão.

Thaís Lima, primeira mulher de Chorão e mãe de Alexandre Lima Abrão, também falou ao R7. A advogada disse que a empresa de eventos Promocom veio com uma cobrança sem prova de pagamento.

— Eles perderam uma primeira ação. Entraram com outra novamente, e nesse caso, parece que a juíza não apreciou a contestação nesse sentido, porque foi alegado a mesma coisa do que na primeira, porque não houve prova de que houve pagamento. Não é que a família não quer pagar, a questão é que não tem recibo, não tem contrato, não tem nada.

O empresário Mac Solek rebateu Thaís Lima.

— Está tudo nos autos: contrato assinado e todos os recibos de pagamentos na conta pessoal do Chorão.

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