Estreante, Inocentes de Belford Roxo abre Grupo Especial em grande estilo
Escola da baixada mostrou porque chegou à elite do samba carioca
Carnaval 2013|Do R7
A primeira vez da Inocentes de Belford Roxo no Grupo Especial atendeu às expectativas de uma escola que busca, antes de tudo, se manter na elite do samba carioca. Apesar de complexo, o enredo As sete confluências do Rio Han — 50 anos de imigração da Coreia do Sul no Brasil fez-se compreender e aproximou o Brasil do povo coreano.
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Com carros alegóricos imponentes, a escola provou que não chegou ao grupo especial por acaso. Em meio a um desfile correto, dragões orientais soltavam fumaça pelas narinas.
O casal de mestre-sala e porta-bandeira Lucinha Nobre e Rogerinho, que até o ano passado brilhavam pela Portela, merece destaque à parte. A dupla fez apresentação impecável e ajudou a contagiar a galera nas arquibancadas da avenida do samba.
A Inocentes transportou nove sul—coreanos para a passarela do samba em um navio gigante. Ao invés de mostrar a réplica do cargueiro Tjitjalengka na avenida, o carnavalesco Wagner Gonçalves ousou e colocou um navio super moderno com sul—coreanos de verdade para "navegar nas águas da Sapucaí". O objetivo era mostrar uma Coreia do Sul "abrasileirada".
— Eu resolvi reestilizar o que a história nos conta e mostrar algo mais moderno, mais jocoso, com a nossa cara (do Brasil), na avenida.
Assim como as outras alegorias, o terceiro carro — Do Porto de Busan ao Porto de Santos — O Tjitjalenka — A Saudade e a Esperança — entrou com muito brilho e luxo.
A alegoria representa a viagem do cargueiro, que trouxe os imigrantes coreanos ao Brasil, na década de 1960.