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'Andor' chega com a missão de manter viva a força de 'Star Wars'

Primeiros episódios da série derivada do filme ‘’Rogue One’’ estarão disponíveis nesta quarta-feira (21)

Cinema|Por Gabriel Solti Zorzetto, da Record TV

Diego Luna e Stellan Skarsgård em “Andor”, nova série da franquia “Star Wars”
Diego Luna e Stellan Skarsgård em “Andor”, nova série da franquia “Star Wars”

Desde que a saga concebida por George Lucas arrebatou as bilheterias com “Episódio IV: Uma Nova Esperança”, em 1977, "Star Wars" expandiu seu cânone ao longo de quase cinquenta anos e se tornou um exemplo de sucesso multimídia. Além das três trilogias que retratam a saga da família Skywalker, acumula videogames, livros, quadrinhos, brinquedos e até atrações de parques temáticos. Do ponto de vista do volume de conteúdo, nunca houve um momento melhor para ser fã de "Star Wars". No entanto, a Disney, que comprou a marca por pouco mais de US$ 4 bilhões em 2012, enfrenta resistência e, por isso, tem apostado muito mais na nostalgia do que na criatividade.

Depois de reviver a franquia com “Episódio VII: O Despertar da Força”, em 2015, o objetivo de Katheleen Kennedy, presidente da Lucasfilm, era ter um filme de “Star Wars” por ano - mas isso, na prática, não funcionou. Irregular, a nova trilogia dividiu os fãs, ao contrário do bom spin-off “Rogue One”, de 2016, considerado por muitos o melhor filme da franquia na era Disney. O planejamento, porém, foi por água abaixo após o lançamento do medíocre “Han Solo: Um História Star Wars”, de 2018, um fracasso de bilheteria que fez a empresa repensar completamente seu cronograma de produções.

A Lucasfilm então decidiu apostar as fichas no streaming e trouxe os veteranos Jon Favraeu e Dave Filoni para criar a primeira série live-action de “Star Wars”. Em novembro de 2019, “The Mandalorian” estreou no Disney+ e rapidamente tornou-se um sucesso absoluto, acumulando prêmios da crítica e elogios dos fãs. A série, que caminha para a terceira temporada, acompanha o solitário caçador de recompensas mandaloriano Din Djarin (Pedro Pascal) e sua jornada para proteger a simpática criança Grogu, popularmente batizada de “baby Yoda”.

Desde então, “Star Wars” entrou num hiato cinematográfico, ao passo que um punhado de novas séries foram encomendadas para o streaming. O triunfo de “The Mandalorian” gerou o spin-off “O Livro de Boba Fett”, que até emulou bem a essência do western, mas não se sustentou em termos narrativos e passou batida por muitos. Em seguida, a escolha em trazer Ewan McGregor de volta para reviver o papel de Obi-Wan Kenobi provou ser um mero apelo nostálgico que resultou numa esquecível minissérie de seis episódios, que mais parece um filme inchado e particularmente mal editado.


Agora, a nova esperança da franquia está nas mãos de Tony Gilroy, roteirista responsável pelos quatro filmes da saga de Jason Bourne (outra franquia de enorme sucesso) e indicado ao Oscar pelo drama jurídico “Michael Clayton”, de 2007, com George Clooney. Ele também assinou o roteiro de “Rogue One”, filme cujos eventos que o antecedem serão retratados em “Andor”, série que estreia nesta quarta-feira (21), traçando a vida do espião rebelde Cassian Andor, interpretado pelo mexicano Diego Luna. A perspectiva de "Andor” é colocar holofotes em personagens aparentemente comuns da galáxia que nunca haviam recebido tanto destaque, mostrando como suas vidas foram transformadas com a ascensão do Império. “Eu não acho que essa é uma série para crianças de nove anos (...) Você deve ser capaz de assistir à série e não dar a mínima pra Star Wars, ou nunca ter visto Star Wars. Essa série funciona sozinha." explicou o showrunner à Variety, garantindo que a nostalgia barata não será bem-vinda em “Andor”.

O showrunner Tony Gilroy e o ator Diego Luna no set de 'Andor'
O showrunner Tony Gilroy e o ator Diego Luna no set de 'Andor'

O desafio de Gilroy, que trabalha ao lado dos irmãos Dan (roteirista) e John (montador), não é simples. Seu discurso é ousado e, ao mesmo tempo, confiante. Mas isso não é o suficiente para alavancar "Andor", que precisa, prioritariamente, justificar a sua existência em um universo tão vasto e também despertar a adormecida força de “Star Wars” - não só para os 24 episódios já confirmados, mas também para as outras séries que estão a caminho. “Ahsoka”, sobre a guerreira Ahsoka Tano, chegará em 2023, junto com “Skeleton Crew”, estrelada por Jude Law, sobre um grupo de crianças perdidas no espaço após os eventos de “Episódio VI: O Retorno de Jedi”, além da nova temporada “The Mandalorian”, prevista para fevereiro. Outras três produções também já foram anunciadas, mas sem previsão de estreia: "The Acolyte", "Rangers Of The New Republic" e "Lando". 

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