40 anos depois, Zezé Motta revela assédios que sofreu quando interpretou Xica da Silva
Atriz concedeu entrevista ao Extra e também comentou sobre solidão
Famosos e TV|Do R7

No ar atualmente como a Tia Joaquina de Escrava Mãe, Zezé Motta lembrou em entrevista ao jornal Extra do período em que esteve em evidência por interpretar Xica da Silva, no filme homônimo, lançado há 40 anos.
A atriz conta que o personagem fez com que os homens tivessem fantasias sexuais com ela e isso algumas vezes terminou em assédio.
— Tive que fazer análise, porque Xica ficou no imaginário masculino de um jeito que todo mundo cismou de querer transar comigo. Eu escutava: “Ah, fui no banheiro em sua homenagem”. As pessoas tinham uma expectativa de que eu ia dar um show na cama, eu me sentia no dever de ser maravilhosa e esquecia o meu próprio prazer. Teve um cara que me disse lá na hora que o sonho dele era transar com Xica. Depois de um tempinho de tumulto, eu me casei, mas me certifiquei de que ele estava se casando comigo e não com ela.
A atriz resgatou dois casos que aconteceram ao pegar taxis no Rio e em Nova York. No exterior, o motorista pensou que ela fosse um gay afeminado e fez uma proposta para transar com Zezé, que precisou explicar que era uma mulher. Já no Brasil, ela lembra que o caso foi ainda mais constrangedor.
— Ele começou a me olhar no retrovisor e disse: “É você mesmo?”. Achava que era brincadeira e comecei a rir, e meu sorriso me entrega. Quando vi, o motorista já estava enfiando a mão por debaixo da minha minissaia e furando todos os sinais. Pensei: “Tô ferrada, ele vai me sequestrar”. Cogitei sair do táxi andando... Mas ele parou num cruzamento na Avenida Copacabana, um guarda estava perto, então, aproveitei e me mandei. E não paguei, ele já tinha passado a mão em mim.
Ela também cita o papel que fez na novela sobre a escrava Xica da Silva, que teve Taís Araújo como protagonista, em 1997.
— Inicialmente, achei que, quando ela virasse rainha, eu iria morrer de ciúme, o que seria normal, né? Mas eu tive que me preocupar tanto com meu papel, e o Walter Avancini (diretor do folhetim) era tão exigente, que não sobrou tempo (risos). Sou mãezona e me apaixonei perdidamente por ela. Taís virou a minha filha também fora da ficção.
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