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Ana Paula Minerato é indiciada por racismo contra cantora do grupo Melanina Carioca

Inquérito da Polícia Civil do Rio aponta que influenciadora usou termos ofensivos ao se referir a Ananda em áudio

Famosos e TV|Do R7

Ana Paula Minerato perdeu emprego na rádio onde trabalhava Reprodução/Instagram/apminerato

A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou a modelo e influenciadora Ana Paula Minerato pelo crime de racismo, após investigação da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi). A acusação tem como base um boletim de ocorrência feito pela cantora Ananda, do grupo Melanina Carioca, que afirma ter sido alvo de ofensas racistas por parte de Minerato em áudios que circularam nas redes sociais.

Segundo a delegada titular da Decradi, Rita Salim, as declarações feitas pela influenciadora reforçam estereótipos ofensivos e perpetuam desigualdades raciais. O caso foi enquadrado na Lei 7.716/89, que trata de crimes resultantes de preconceito racial e prevê pena de dois a cinco anos de prisão. O inquérito foi concluído e agora será analisado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), que decidirá se apresenta denúncia formal à Justiça.


O caso ganhou repercussão nacional após a divulgação de um áudio em que Ana Paula se refere à cantora com termos como “empregada de cabelo duro” e “neguinha”. As falas causaram indignação pública e resultaram em sua demissão da Band FM, onde comandava um programa de rádio, além do rompimento com a escola de samba Gaviões da Fiel, da qual era figura conhecida.


Após a exposição dos áudios, Ana Paula gravou um vídeo nas redes sociais onde confirmou a veracidade das gravações e demonstrou arrependimento. “Quero pedir desculpa para todo mundo que se sentiu ofendido, porque realmente foi uma ofensa a uma pessoa que eu nem conheço”, disse, chorando.


Em seu depoimento à Decradi, Minerato admitiu a autoria do áudio, mas afirmou que foi gravada sem consentimento durante uma discussão com um ex-companheiro. Segundo ela, os áudios foram editados e incluíam frases que apenas repetiam o que o homem teria dito. A defesa também destacou que a mesma denúncia foi arquivada em São Paulo.

Apesar da justificativa apresentada por Ana Paula, a delegada considerou que as falas, independentemente do contexto, configuram ofensa racial. “Considerando que, no caso em questão, as palavras e expressões utilizadas pela autora reforçam estereótipos negativos, ofensivos e ainda perpetuam desigualdades e injustiças com base nesses fatores, restaram evidenciadas as ofensas de cunho racista”, escreveu a delegada.

A cantora Ananda publicou em seu perfil no Instagram a mensagem: “O bem sempre vence o mal”.

O caso agora segue sob análise do Ministério Público, que deverá decidir se formaliza a denúncia e leva Ana Paula Minerato a julgamento. Caso condenada, a influenciadora poderá cumprir pena de 2 a 5 anos de reclusão.

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