"Eu ganho 70 mil para ficar 30 minutinhos no palco; a professora ganha 5 mil, se ganhar", escreveu a funkeira
Reprodução/InstagramNão esperava voltar tão rápido assim ao assunto, mas Pipokinha merece. Ela passou de um problema de saúde pública para uma questão ainda mais grave: ela deseduca nossas crianças, não só com suas coreografias pornográficas, mas com as palavras imorais que dirigiu aos nossos professores.
É chocante que uma moça que veio da pobreza — e em tão pouco tempo se tornou uma milionária — deboche de um dos profissionais mais dignos e valiosos de uma sociedade. Definitivamente, dinheiro não é tudo e não compra dignidade nem respeito.
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A sucessão de insultos e preconceitos que a cantora desfilou em uma conversa com fãs nas suas redes sociais é quase tão impublicável quanto suas letras, só não tem palavrões e sexo explícito.
Começou dizendo que professor “tem que ter nada para fazer” para ficar ouvindo desaforo dos filhos dos outros. Aí emendou: “Meu baile tá R$ 70 mil, 30 minutinhos em cima do palco, eu ganho R$ 70 mil. Ela não ganha nem R$ 5 mil sendo professora, às vezes". Que deselegante.
A MC certamente deve achar que estava dando bons conselhos aos jovens que a seguem em multidões. Talvez até imagine que foi bem-humorada e uma tiazinha legal e descolada. Não, não foi. Foi grossa, estúpida e vulgar. Como sua música.