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Banda norueguesa Mayhem tem histórico neonazista, e MP está correto ao cancelar shows no Brasil

Embora um dos integrantes diga que o grupo não tolera 'crime de ódio', a postura de seus colegas dificulta acreditar nessa inocência

Música|Marco Antonio Araujo, do R7


Integrantes do Mayhem, que tinha shows marcados no Brasil
Integrantes do Mayhem, que tinha shows marcados no Brasil

O cancelamento do show da banda norueguesa Mayhem poderia ser preocupante para os que andam atentos à onda de patrulhas politicamente corretas. Afinal, a manifestação artística deveria ser a principal fronteira da liberdade de expressão.

Só há um probleminha nessa história: tudo leva a crer que o grupo, famoso na Europa, pioneiro e considerado o criador do gênero black metal, realmente faz com suas letras, músicas e shows uma evidente apologia do neonazismo, praticando racismo, supremacismo branco e xenofobia.

A Noruega é um dos países mais desenvolvidos do mundo e apresenta indicadores sociais e econômicos impensáveis para um brasileiro ou mesmo um europeu médio. Há mais de uma década segue em primeiro lugar no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Mas tudo tem seu preço, e o país, de forma colateral, felizmente minoritária, tornou-se território pródigo para grupos (não só de música) exaltarem essa superioridade em termos, digamos, subjetivos e pouco humanistas. Não são poucas por lá as células de manifestantes nazistas que julgam a raça nórdica superior.

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Embora um dos integrantes da Mayhem afirme que a banda é uma "entidade apolítica que não tolera racismo, homofobia ou qualquer outro crime de ódio", a postura e fartas declarações de seus colegas de trabalho dificultam acreditar nessa suposta isenção ou inocência.

Aí cabe às sociedades decidirem se a liberdade de expressão pode servir de abrigo ou álibi para a propagação de ideias que atentam contra valores democráticos e, no limite, contra a diversidade e a vida. Deveria ser fácil responder a esse questionamento. A resposta é não.

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