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Festivais que exaltam música brasileira crescem no país e formam novos públicos

Para especialistas, esse tipo de evento serve para apresentar novos artistas para a população

Música|Pedro Garcia, do R7

Coala Festival acontece em São Paulo neste fim de semana
Coala Festival acontece em São Paulo neste fim de semana Coala Festival acontece em São Paulo neste fim de semana

Até o fim do ano, o Brasil receberá mais de 20 festivais musicais, muitos deles focados em música brasileira. Por mais que os maiores festivais que acontecem no Brasil sejam conhecidos por trazer grandes artistas estrangeiros ao país, aumentou a procura do público por eventos que exaltam os artistas nacionais.

Esse é o caso de festivais como o Coala, que acontece neste fim de semana em São Paulo, o Rock the Mountain, que será em Petrópolis, em novembro, ou o Turá, que já teve uma edição na capital paulista e terá outra em Porto Alegre. Todos os três são eventos concorridos e que montam um line-up formado apenas de artistas brasileiros, desde grandes nomes da música nacional até cantores e bandas em começo de carreira.

O produtor de música e jurado do Canta Comigo Thiago Gimenes considera esse tipo de festival como "imprescindível" para o cenário cultural do país. Na visão do especialista, cantores e bandas conseguem alcançar um público maior nesse tipo de evento e não ficam restritos apenas à divulgação de suas obras por meio da rádio ou de plataformas digitais.

"Para o artista é muito importante ser visto de maneira integral, ser reconhecido não só por uma música ou duas que estão na rádio, mas por um repertório inteiro, pela desenvoltura no palco e atrair a curiosidade de pessoas que não conheciam aquele artista para escutar o álbum e a discografia", diz Gimenes.

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Gabriel Andrade, sócio-fundador e curador do Coala Festival, enxerga que um dos papéis desses festivais é o de formar público. "Estamos na transição do século XX para o século XXI. Os grandes artistas que fizeram a nossa música ser reconhecida nacional e internacionalmente estão indo embora e tem uma nova geração chegando", explica.

Sobre o aumento do número de festivais no Brasil, Andrade comenta que isso é um reflexo do interesse do público. "O Brasil é o país que mais consome música do próprio país e somos um mercado de 200 milhões de pessoas. Esse movimento começou lá atrás e agora foi assimilado pelo mercado. É um modelo de negócio que funciona e que não está exposto às variações cambiais. Além disso, com o streaming, a música brasileira está mais forte do que nunca. Se você olhar as músicas mais ouvidas no Brasil, verá que são quase todas brasileiras e de várias vertentes diferentes, então acaba sendo um movimento natural também", diz.

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Para Thiago Gimenes, é nítida a mudança do interesse do público brasileiro quando se analisam as paradas de sucesso no país. No passado, havia uma presença maior de artistas estrangeiros nos rankings de mais tocadas. Hoje, quase todas as faixas mais ouvidas do país são de artistas locais. Além disso, o produtor musical comenta que cantores das novas gerações estão trazendo ritmos que fizeram sucesso no passado e cita Luísa Sonza como exemplo, que alcançou a posição de música mais ouvida Brasil com Chico, uma canção de bossa nova.

"Nós brasileiros temos o hábito de engrandecer o que é gringo, o que é produto de fora do país, muitas vezes não damos valor para os músicos do Brasil e não entendemos a grandiosidade dos nossos artistas. Um festival, além de tudo, abre um leque maior de conhecimento de artistas. A pessoa que vai estar lá, às vezes vai para conhecer um artista, mas conhece vários outros", conclui o produtor musical.

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