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 Jojo Todynho lança álbum de pagode com regravações de hinos da vida dela: 'Sonho realizado'

A cantora conta que planejava explorar esse universo desde que assinou contrato com a gravadora; projeto estreia nesta sexta (19)

Música|Brenda Marques, do R7

Jojo Todynho lança álbum de samba e pagode com releituras de músicas importantes para ela
Jojo Todynho lança álbum de samba e pagode com releituras de músicas importantes para ela Jojo Todynho lança álbum de samba e pagode com releituras de músicas importantes para ela

Jojo Todynho inicia uma nova fase da carreira nesta sexta-feira (19) com o lançamento de seu primeiro álbum de samba e pagode. O álbum traz regravações de nove hinos da vida da cantora — como Garota Nota 100, de MC Marcinho e Lindo Lago do Amor, de Gonzaguinha —, além do single Bangu, uma homenagem da artista ao bairro onde ela nasceu, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Às vésperas da estreia desse projeto, Jojo diz estar tomada por ansiedade e nervosismo. Ela conta que idealizava explorar esses gêneros musicais desde que assinou contrato com a Universal Music, em abril de 2018.

"Eu peço esse álbum desde quando entrei na gravadora. Mas ficou de stand-by porque pegamos embalo no funk por causa do sucesso de Que Tiro Foi Esse. Só que a idealização era fazer pagode", afirmou a cantora, em coletiva de imprensa realizada on-line na quarta-feira (17).

"É um sonho se realizando. O funk não me dava a oportunidade de mostrar o meu talento. E, agora, estou mostrando um lado que ninguém conhece", acrescenta. A ideia de apresentar uma nova faceta fica evidente no nome do álbum: Jojo Como Você Nunca Viu, com a produção do famoso Prateado.

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Jojo diz ainda que a pegada dela no novo trabalho é trazer músicas antigas com "um ar jovial". "Gosto de samba raiz, Benito Di Paula, Zeca Pagodinho", cita. 

Quem escuta as músicas depara com uma Jojo mais madura vocalmente, que imprime personalidade nas canções e demonstra a intimidade que tem com cada uma delas. Não é para menos, já que o samba é trilha sonora da vida da artista desde a infância, quando ela foi minipassista do bloco do Cachorrão, do qual o padrinho fazia parte.

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"Isso é uma coisa que já é nossa, de ancestralidade. O pagode sempre vai estar enraizado na minha vida. Quem vive na comunidade e não tem conexão com o pagode não está no Brasil", analisa.

Em um trecho de Garota Nota 100, ela aproveita para se declarar ao pai, já falecido, de quem herdou o gosto por MC Marcinho. "Pai, eu sou fã do MC Marcinho por causa do senhor, que saudade você me causa. Eu te amo eternamente, Julio César, meu bicudão do 918", diz, em referência ao ônibus que leva a Bangu.

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No fim da canção, ela não conseguiu conter as lágrimas. "No final, eu choro porque parece que eu estava sentindo o meu pai ao meu lado. Me emocionei de um jeito que não sei explicar", comenta. "Foi uma forma de homenagear ele nessa fase tão importante que estou vivendo: voltando com tudo para a música. Assim como eu, meu pai adorava música e dança", lembra.

Bangu, por sua vez, é uma faixa de tributo da cantora às suas origens. No clipe da música, Jojo aparece andando de ônibus, algo que fazia parte de sua rotina antes da fama — e lhe causava muitos perrengues, como ela mesma diz — e tomando aquela gelada com os amigos na mesa de bar.

"[Serve para] lembrar e nunca esquecer de onde a gente saiu. Eu vivo o estrelato, mas não virei estrela", enfatiza. "E mostrar a realidade da vida do bairro. É um bairro carente, mas muito feliz. Eu gosto do calor da comunidade. Bangu é o meu lugar de paz. Eu troco qualquer lugar do mundo para estar lá tomando uma cerveja com a minha galera", completa.

Mas a música que mais representa ela mesma é Como Dizia o Mestre, de Benito Di Paula. A letra fala sobre um homem que perde a valentia quando a mulher que ele ama vai embora.

"Eu sou defensora das mulheres. E essa é para as mulheres que sofrem agressões físicas, psicológicas e conseguem sair dessa relação abusiva", afirma. "Meu conselho é: estudem e trabalhem, para não ter que rachar a conta. Porque somos donas da p... toda", defende.

Para o futuro, Jojo planeja conciliar samba, pagode, funk e pop. Ela entrega que haverá um segundo álbum com a releitura de Codinome Beija-Flor, de Cazuza. "Sou muito fã dele", diz. E destaca que um dos seus objetivos nessa empreitada é dar continuidade ao legado de outras mulheres, como Alcione, Leci Brandão e Dona Ivone Lara.

"São vozes que marcaram e vão marcar nossa vida para sempre. E fico pensando quem vai dar continuidade a esse trabalho: eu, Ludmilla. O legado não pode acabar", reflete.

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