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K-pop cresce no Ocidente com grupos cada vez menos coreanos; entenda fenômeno

Força do gênero no exterior está ligada à exportação de um sistema de produção consolidado, avaliam especialistas

Música|Do R7

Grupo KATSEYE foi formado através do reality show Dream Academy, uma colaboração entre as gravadoras Hybe e Geffen Records
Grupo KATSEYE foi formado através do reality show Dream Academy, uma colaboração entre as gravadoras Hybe e Geffen Records Reprodução/Instagram - @katseyeworld

O K-pop vive uma nova fase de expansão global. Grupos formados fora da Coreia do Sul ganham espaço e visibilidade, enquanto a presença de artistas coreanos diminui. A mudança reflete uma adaptação estratégica das grandes empresas do setor, que exportam não apenas a estética do gênero, mas principalmente seu modelo de produção.

O grupo KATSEYE, da HYBE, é o exemplo mais recente dessa transformação. Formado por integrantes multinacionais e baseado nos Estados Unidos, estreou na Billboard Hot 100 em 92º lugar com a faixa “Gnarly”. A música, lançada em 17 de maio, aposta no hyperpop e suaviza as marcas tradicionais do K-pop. É a primeira vez que um grupo do gênero entra na principal parada musical americana sem estar sediado na Coreia.

A Billboard também incluiu KATSEYE e o NewJeans na lista “21 Under 21” de jovens artistas influentes. O reconhecimento reforça o alcance global do K-pop, mesmo quando o elemento coreano está cada vez menos presente no palco.

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A força do gênero no exterior está ligada à exportação de um sistema de produção consolidado. Paul Bryan Thompson, produtor americano à frente da agência VVS, foi responsável pela criação do KATSEYE. Ele atua no mercado sul-coreano desde 2013 e acumula colaborações com nomes da SM Entertainment. Para Thompson, o sucesso internacional exige entender as diferenças entre o gosto do público coreano e o dos fãs estrangeiros.


O Japão é hoje o país que mais absorveu esse sistema. Grupos como BE\:FIRST, da gravadora BMSG, seguem à risca o modelo coreano de formação de artistas. O grupo feminino Cosmosy, lançado pela gigante de telecomunicações NTT, segue o mesmo caminho. A tradicional Avex também aderiu ao formato e lançou o grupo ONE OR EIGHT, com foco no mercado global.

A fórmula se espalha por outros países da Ásia e também pelos Estados Unidos. A agência XGALX, liderada por Park Jun-ho, lançou o grupo japonês XG, que se apresentou no festival Coachella. Lee Soo-man, fundador da SM Entertainment, formou o grupo chinês A20 May com sua nova agência. Nas Filipinas, o produtor Jung Sung-han lançou os grupos SB19, YGIG e PLUUS.


Alguns desses grupos já colhem resultados também na Coreia do Sul. O japonês NiziU, formado pela JYP, venceu o programa musical “Show Champion” com a faixa “Love Line”. Foi a primeira vitória em um programa sul-coreano para um grupo de K-pop inteiramente formado fora da Coreia.

Especialistas ouvidos pelo jornal Korean Times afirmam que o K-pop vai além da nacionalidade dos artistas. Para o pesquisador Yamamoto Joho, da Universidade Ritsumeikan, o gênero é definido por um sistema rigoroso de treinamento e produção cultural desenvolvido na Coreia. O que importa, segundo ele, não é quem canta, mas como a música é produzida.

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