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R7 Música

Às vésperas de megafestival, k-pop está em alta na América Latina

Segundo dados do Spotify, gênero musical cresceu 49% entre 2017 e 2018. No Youtube, número de pesquisas empata com o pop tradicional americano

K Pop|Giovanna Orlando, do R7

Os meninos do BTS, grupo de k-pop mais conhecido
Os meninos do BTS, grupo de k-pop mais conhecido

Já se foi o tempo em que k-pop era um gênero completamente desconhecido e rodeado de dúvidas. Atualmente, o gênero está vivendo o auge. Desde julho de 2018, o estilo musical empata no interesse de internautas ao já consagrado pop tradicional na web. Prova disso aparece nas pesquisas do Youtube, onde os nomes coreanos estão cada vez mais procurados. 

Artistas como BTS e BLACKPINK conseguiram romper a bolha na Ásia e estão fazendo sucesso pelo Ocidente, tanto que o quarteto feminino vai ser o primeiro grupo de k-pop a se apresentar no festival Coachella, nos Estados Unidos, em abril. O Chile está prestes a sediar o maior festivaldo gênero do mundo e serviços de streaming incluem mais grupos nas playlists e dão destaque ao estilo musical dentro das plataformas.

A ascensão do gênero

A primeira vez que o gênero chamou a atenção foi com Gangnam Style, música lançada pelo cantor PSY, em julho de 2012. O fenômeno viralizou pela internet com a coreografia engraçada e se tornou o primeiro vídeo no Youtube a conseguir 1 bilhão de visualizações. Desde então, as buscas por k-pop foram crescendo no Google.

O segundo ápice, segundo dados do Youtube, foi em 2014, com as estreias dos grupos GOT7, MAMAMOO, Red Velvet e dos solos de Taemin, Suran e Heize. O gênero seguiu em tímida ascensão, ainda preso principalmente ao continente asiático. Segundo dados do Spotify, o gênero teve um crescimento de 49% pelo mundo e 56% na América Latina entre 2017 e 2018.


Foi em 2017 que o BTS foi convidado para o tapete vermelho do Billboard Music Awards, nos Estados Unidos, onde os sete meninos eram um dos artistas mais esperados da noite. Eles venceram o prêmio Artista Social do Ano, desbancando o reinado de Justin Bieber. O ano também foi marcado pelos debuts de Golden Child, K.A.RD e do grupo temporário Wanna One, além dos sucessos Gashina, da cantora Sunmi, Cherry Bomb, do NCT 127, Palette, da cantora IU, e o lançamento do álbum Love Yourself: Her, do BTS. O ritmo começou a se popularizar graças ao Twitter e pelo Youtube, onde os clipes passavam de 1 milhão de visualizações em poucas horas.

Para a vice-presidente de marketing do Deezer, Sulinna Ong, a popularidade do gênero vêm crescendo há cinco anos, com o momento decisivo para o gênero sendo a participação do BTS na premiação norte-americana. "O fenômeno global do k-pop reflete a popularidade da cultura asiática pelo mundo, o acesso fácil que os serviços de streaming e outras plataformas online oferecem, além do crescimento econômico da Ásia. O k-pop vai continuar crescendo, de agora em diante", conta. Para ela, o gênero tem dois elementos chave que o fazem atraente e chamativo. "Ele tem uma forma única e visível da música pop, graças a dois elementos que o ajudaram a atingir grandes audiências, como o pop americano: as coreografias sofisticadas e o alto nível de produção em estúdio, capaz de criar músicas chiclete e coloridas, uma atrás da outra, como uma fábrica", explica.


Onde se escuta k-pop?

Apesar do sucesso crescente do ritmo, os países asiáticos ainda dominam o ranking de maiores consumidores de k-pop. Segundo dados do Spotify, Tailândia, Vietnã e Indonésia são os três países que mais ouvem o gênero. Já na América Latina, Peru, El Salvador e Nicaraguá dominam o ranking. O Chile, que vai sediar o SMTown nesta sexta-feira (18) e sábado (19), aparece em 4º lugar, enquanto o Brasil aparece na 8ª posição. No ranking mundial do Youtube, o Chile aparece em 8º lugar e o Brasil cai para a 20ª posição. Apesar de serem mercados diferentes, tantos os asiáticos quanto os latinos preferem os grupos BTS, BLACKPINK, EXO e TWICE, de acordo com o Spotify.

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Engana-se quem acredita que São Paulo é o estado que mais escuta o gênero, apesar de ser o local que mais sedia shows. Segundo o Youtube, o Norte e o Nordeste lideram o ranking, com Amapá, Pernambuco e Acre ocupando os três primeiros lugares. São Paulo aparece em 13º lugar, seguido pelo Rio de Janeiro.


Na comparação com o pop tradicional, o k-pop está quase empatando em número de pesquisas. Só em janeiro, o som de influência americana atraiu 43 buscas, enquanto o ritmo sul-coreano ficou com 41. A aproximação no número de pesquisar acontece desde julho de 2018, em que os dois gêneros ficaram com uma média de 20 buscas de diferença. O ritmo também vai encostando no número de reproduções, enquanto 54% dos pernambucanos buscam pelo pop, 46% está procurando conteúdo dos idols, como os artistas sul-coreanos são conhecidos.

Os artistas mais populares

Os meninos do BTS são sucesso absoluto no Youtube. O último single do grupo, IDOL, lançado em agosto de 2018, superou as 335 milhões de visualizações, se tornou o vídeo mais assistido em 24 horas e demorou apenas seis dias para passar de 100 milhões de visualizações, um feito inédito na plataforma. 

O País que mais escuta o grupo é os Estados Unidos. O Brasil aparece na 4ª posição da lista da plataforma de vídeos, superando o Chile, que fica na 16ª posição. A Coreia do Sul, terra natal dos meninos, é apenas o sexto país do ranking. No Deezer, a situação é diferente. Os brasileiros só ficam atrás dos franceses no interesse pelo BTS.

BLACKPINK, maior grupo feminino de k-pop
BLACKPINK, maior grupo feminino de k-pop

Novas queridinhas do momento, as meninas do BLACKPINK somam 19 prêmios em programas musicais pela Coreia. Apenas o último single, DDU-DU DDU-DU, conseguiu 11 troféus, além de ser o vídeo mais assistido de um grupo feminino de k-pop, com mais de 600 milhões de visualizações no Youtube.

Um dos nomes mais conhecidos da terceira geração do k-pop, o EXO é o terceiro grupo mais ouvido pelo mundo. Lançado em 2016, o clipe de Monster tem quase 245 milhões de visualizações no YouTube e é o recordista da banda.

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