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Morre o músico Jards Macalé aos 82 anos, no Rio

Artista tratava um enfisema pulmonar, mas sofreu uma parada cardíaca e não resistiu

Música|Do R7, com Estadão Conteúdo

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Jards Macalé faleceu aos 82 anos no Rio de Janeiro, vítima de uma parada cardíaca.
  • Estava internado tratando um enfisema pulmonar quando ocorreu o incidente.
  • O artista, ícone da MPB, lançou seu primeiro álbum em 1972 com sucessos como "Hotel das Estrelas".
  • Seu último trabalho, "Coração Bifurcado", foi lançado em 2023 e contou com participações de Maria Bethânia e Ná Ozzetti.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Jards Macalé estava internado no Rio Reprodução/Instagram/@jardsmacale

O músico Jards Macalé morreu nesta segunda-feira (17), no Rio de Janeiro, aos 82 anos. A notícia foi confirmada nas redes sociais oficiais do artista.

Jards estava internado em um hospital na Barra da Tijuca, zona sudoeste do Rio de Janeiro, tratando um enfisema pulmonar, mas sofreu uma parada cardíaca hoje e não resistiu.


“Jards Macalé nos deixou hoje. Chegou a acordar de uma cirurgia cantando Meu Nome é Gal, com toda a energia e bom humor que sempre teve. Cante, cante, cante. É assim que sempre lembraremos do nosso mestre, professor e farol de liberdade. Agradecemos, desde já, o carinho, o amor e a admiração de todos", diz o comunicado, sem ainda informações sobre velório e enterro.

Relembre a carreira de Macalé

Jards Macalé iniciou sua trajetória musical no Rio de Janeiro dos anos 1960, período em que mergulhou intensamente no estudo de teoria musical e violão erudito. Ainda jovem, frequentou ambientes culturais da cidade e se aproximou de mestres como o maestro Guerra-Peixe, que contribuíram para formar sua base técnica. Esse início de formação ampliou o repertório de referências, que marcaria mais tarde sua obra, sempre aberta a experimentações.


No começo da carreira, Macalé também circulou entre rodas de samba, bares boêmios e o cenário artístico da zona sul carioca, onde conheceu parceiros fundamentais. Foi nesse ambiente que passou a se relacionar com poetas e artistas como Torquato Neto e Waly Salomão, figuras que se tornariam essenciais para o seu percurso.

Grande nome da MPB, Macalé teve participação fundamental no disco Transa, de Caetano Veloso, um dos mais cultuados do artista. Foi o compositor quem fez a direção musical do álbum, gravado em Londres, enquanto Caetano Veloso estava no exílio. Ele também tocou violão no disco.


Ainda em 1971, no histórico show Fa-tal, a cantora Gal Costa incluiu três músicas de Jards Macalé no roteiro que se tornariam grandes sucessos de carreira: Vapor Barato e Mal Secreto, ambas compostas com Wally Salomão, seu parceiro mais constante, e Hotel das Estrelas, parceria com Duda.

Em 1972, Macalé lançou seu álbum mais conhecido, que leva seu nome. Além das faixas já apresentadas por Gal, gravou Farinha do Desprezo e Movimento dos Barcos, ambas em parceria com o poeta baiano Capinam. Macalé costumava dizer que nunca quis ser cantor. Só cedeu em colocar a própria voz em suas canções por insistência de Wally Salomão. “Ele me encheu o saco”, costumava brincar.


Em meio de 2023, Macalé lançou Coração Bifurcado, seu 13º álbum de carreira. O disco trouxe as participações das cantoras Maria Bethânia e Ná Ozetti e foi dedicado à cantora Gal Costa, morta em novembro de 2022. Quando levou o disco aos palcos, em show de mesmo nome, Macalé fez questão de formar uma banda só com mulheres, que ele batizou de As Macaléias.

Músico tinha show marcado

Jards iria se apresentar em 4 de dezembro no Galpão Ladeira das Artes, no Rio, e no dia 11, no Circo Voador, como convidado da banda de afrobeat carioca Abayomy Afrobeat, ao lado de Ney Matogrosso.

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