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Viúva grava CD de parcerias com Champignon: "Traduz nosso amor"

Após trágica morte do marido, a cantora Claudia Bossle resgata canções emocionantes que fez com o eterno baixista do Charlie Brown Jr.  

Música|Daniel Vaughan, do R7

Além do amor, Claudia Bossle mantinha parceria musical com Champignon
Além do amor, Claudia Bossle mantinha parceria musical com Champignon

Claudia Bossle, viúva de Champignon, prepara homenagem comovente ao baixista integrante do Charlie Brown Jr.

Cantora profissional, Claudia revela que mantinha uma parceria musical com o marido, que sonhava produzir um disco do casal algum dia. Quase cinco anos após a trágica morte do músico, ela está gravando as canções que fez com o artista e vai lançá-las como singles na internet a partir do final de agosto. 

Claudia encontrou o R7, em São Paulo, para dar uma palhinha do tributo póstumo. Acompanhada da filha que teve com Champignon, Maria Amélia, de 4 anos, Claudia soltou o vozeirão em uma balada de amor (veja abaixo). E, emocionada, relembrou o primeiro encontro com o baixista.

— Nos conhecemos na casa de uma amiga, em 2009. Inspirado em saber que eu cantava jazz, ele fez uma uma base musical logo de cara, em 15 minutos. Daí, me empolguei e completei a composição com letra. Fizemos uma canção juntos, antes mesmo do primeiro beijo! Nossa história de amor é toda traduzida em músicas.


Claudia Bossle e a filha Maria Amélia, fruto do relacionamento com Champignon
Claudia Bossle e a filha Maria Amélia, fruto do relacionamento com Champignon

A estreia apaixonada que Claudia se refere é Bright Light, que estará no repertório do EP. Já o primeiro lançamento do disco será 84 Horas, trazendo gravações de baixo e beatbox de Champignon. Na época da composição, o casal estava separado, mas a letra virou tema da volta.

— Namoramos intensamente e depois demos um tempo. Fui para Dubai (Emirados Árabes Unidos) trabalhar com música por um ano. Mas nunca nos desligamos por completo. Sempre compartilhávamos músicas feitas um para o outro, nos falávamos, declarávamos amor. Quando mostrei a letra de 84 Horas, que fiz para ele, o Champignon chorou e pediu para voltarmos. Cheguei no Brasil e fomos morar juntos. Foi aí que passamos as composições a limpo e colocamos letra onde não tinha.


Recomeço

A história de amor de Claudia e Champignon só foi bruscamente interrompida quando o músico se suicidou em 2013, meses após a morte do vocalista do Charlie Brown, Chorão. Após a tragédia, a cantora, que estava grávida, superou parte da tristeza se tornando mãe.


— Eu tive a sorte de ter uma filha no ventre. A Maria Amélia me ajuda muito. Tive uma força que nem eu sabia que tinha para ter ela. E, hoje, minha filha que me dá vida. É uma força maior, um objetivo. Porém, a vida também é um caminho individual. Tenho uma mancha eterna, mas não posso acabar com minha existência por isso.

Maria Amélia, de 4 anos, acompanha a mamãe cantora na entrevista
Maria Amélia, de 4 anos, acompanha a mamãe cantora na entrevista
Claudia e Champignon viveram um grande amor
Claudia e Champignon viveram um grande amor
Claudia canta e toca violão
Claudia canta e toca violão

Claudia ainda comenta sobre a recente série de suicídios que assolaram o mundo pop, com os cantores Chris Cornell, Chester Benningtone o chef Anthony Bourdain.

— É como se voltasse tudo ao meu redor, meus Deus (suspirando). É duro quando eu vejo cada caso diferente de morte divulgado pela imprensa. Isso é uma doença, um problema de saúde pública. Sou uma sobrevivente do suicídio, como nos chamam. Ainda grávida, fui achar respostas sobre o Champignon, vasculhando memórias e fatos para tentar saber o que houve. E ainda faço tratamento, tomo remédio, busco ajuda diariamente. Agora, quero auxiliar outras pessoas, pois é importante diagnosticar os sinais da depressão.

Tentando recuperar o cotidiano após o trauma, Claudia faz temporada cantando jazz e bossa em um famoso hotel paulistano, além de cuidar da pequena Maria. E, depois do disco, ela pretende lançar um livro de memórias sobre a vida com Champignon. A obra deve chegar às lojas daqui um ano.

— São páginas com nossa história de amor, não é uma biografia de banda. Mostrarei como ele era bem-humorado e nos amamos demais. Vou relembrar fatos desde nosso encontro até o nascimento da nossa filha. E também revelarei coisas que achei depois da morte dele, como letras, pensamentos e escritos. Gostaria que as pessoas entendessem porque eu demorei para retomar a obra musical dele. Não é fácil. Mas agora estou pronta para isso e os fãs merecem.

Agradecimentos: Made in Brazil Music Megastore

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