“Minha carne é minha. Meu corpo, minhas regras. Minha carne é minha armadura e proteção”.
Questionar o machismo, o racismo e outras formas de preconceito é a missão da cantora brasileira Bartira Fortes, que se apresenta neste domingo (18) no último dia do Festival de Jazz de Estocolmo, na Suécia.
O refrão acima, da canção Minha carne, é uma das músicas o Projeto ID, seu primeiro disco, ainda sem data de lançamento.
Atriz e diretora teatral de formação, pela Universidade Federal de Ouro Preto, Bartira desenvolve na Suécia um estudo chamado “ativismo sonoro”.
— Eu busco nas minhas músicas dar voz a temáticas que são muitas vezes oprimidas. [...] O papel do artista na sociedade atual é denunciar esses obstáculos para se viver em uma sociedade harmônica, onde as diferenças são respeitadas
Para ela, a música tem uma linguagem universal capaz de “unir pessoas de diferentes raças, diferentes países, diferentes cores”.
— É muito difícil encontrar um outro tipo de linguagem que tenha tamanha força de unir e de integrar pessoas.
Ela vive desde 2009 na Suécia, onde despontou sua carreia musical com apresentações em festivais e clubes de jazz.
Atualmente ela faz mestrado em Estudos da Performance e Teatro pela Universidade de Estocolmo, onde estuda o “ativismo sonoro”.
Para ela, como mulher, viver na Suécia é uma libertação.
— O que separa o Brasil da Suécia é o respeito pelo espaço do outro. Aqui eu jamais fui abordada na rua de uma maneira desrespeitosa. Ao passo que no Brasil as mulheres vivem isso diariamente. Então isso foi uma grande libertação para mim. Eu posso me comportar como eu realmente me sinto confortável.
Confira, a seguir, a entrevista exclusiva de Bartira para o Portal R7:
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