David Bowie tinha câncer no fígado, diz jornal
Amigo do cantor revelou que ele estava muito frágil nos últimos meses
Pop|Do R7

Um dos maiores ícones da cultura pop, David Bowie morreu em decorrência de um câncer no fígado. Ao anunciarem a morte dele, representantes do cantor preferiram não dar muitos detalhes sobre a doença, mas o amigo próximo a Bowie, Ivan van Hove, falou sobre os últimos meses do astro pop ao jornal inglês Daily Mirror.
Van Hove, que trabalhou com Bowie na peça Lazarus, contou que o cantor estava muito fragilizado nos últimos meses. Na première do espetáculo, no dia 12 de dezembro em Nova York, o astro pop chegou a passar mal nos bastidores.
— Escreveram que ele parecia tão bem, tão saudável. Mas, atrás do palco, ele passou mal por exaustão. Foi naquele momento que percebi que talvez aquela fosse a última vez em que o veria.
Ivan van Hove era uma das poucas pessoas, além da família, que sabia a gravidade da doença de Ziggy.
— Sabia [sobre a doença] há um ano, mais ou menos. Começamos a trabalhar na nossa peça, Lazarus, e, em algum momento, ele me chamou de canto para dizer que nem sempre poderia estar lá por causa da doença dele. Ele me disse que tinha câncer, câncer de fígado.
David Bowie perdeu a batalha de 18 meses para o câncer no último domingo (10), mas não antes de deixar um presente de despedida para os fãs — ou melhor, dois. Na sexta-feira passada (8), dia em que completou 69 anos, Bowie lançou seu último álbum Blackstar, acompanhado do clipe de Lazarus, música que inspirou a peça homônima de Nova York.
— O elenco não sabia [sobre o câncer] naquela época e suspeito que os músicos que gravaram Blackstar com ele também não. Ele fez todo o esforço possível para completar esses dois projetos a tempo, para não deixar a doença dele vencer. Ele estava doente, mas queria viver — para sua mulher e filha, e para a música. Isso ficou óbvio para mim durante todo o momento em que trabalhamos juntos. Ele queria que a peça fosse adiante, e ele queria que o último álbum dele fosse lançado. Ele continuou fazendo música até o último minuto. Tenho uma quantidade inacreditável de admiração por como ele realmente conseguiu reunir forças para ainda conseguir realizar seus planos, continuou Ivan van Hove.
O último clipe de David Bowie, Lazarus, ganhou outro significado após a morte dele. Foi a despedida para os fãs, contou o produtor Tony Visconti, parceiro de longa data do astro pop.
— Ele sempre fez o que queria fazer. E ele queria fazer isso da maneira dele e queria fazer do melhor jeito. A morte dele não foi diferente da vida dele: uma obra de arte. Ele fez Blackstar para nós, seu presente de despedida. Eu sabia há um ano que esta seria a maneira que tudo aconteceria. Eu não estava, no entanto, pronto pra isso. Ele era um homem extraordinário, cheio de amor e vida. Ele sempre estará conosco. Por ora, é apropriado chorar.
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David Bowie, que morreu neste domingo (10) aos 69 anos, após uma batalha de 18 meses contra um câncer, foi um dos músicos mais influentes de seu tempo, especialmente para a moda. Desde seu estilo skinny, usado na adolescência, passando pelo glam rock dos anos 70, pelos ternos coloridos da New Wave, da alfaiataria dandy, Bowie foi um dos primeiros a compreender a importância do estilo como um meio de autoexpressão. De acordo com a editora de moda Erika Palomino, por seu próprio caráter mutante, ele se relacionou diretamente com o DNA da moda. — Personas como Ziggy Stardust, o Thin White Duke e a fase 80’s de Let’s Dance aparecem com frequência em editoriais em todo o mundo, repetidamente. Os olhos, o cabelo e a androginia são igualmente referência. Bowie sempre foi visionário em tudo o que fez, uma verdadeira antena para nós, reles terráqueos. Confira, na galeria, como Bowie desafiou todos os rótulos, empurrou as fronteiras, e tornou-se um ícone fashion Acesse o R7 Play e assista à programação da Record quando quiser